Praga da Helicoverpa se espalha pelo Rio Grande do Sul
UFSM identificou 1,2 mil mariposas em todos os 33 municípios monitorados
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Considerando que em toda a safra de grãos 2013/2014 a ocorrência foi de 890 mariposas identificadas, o pesquisador avalia que a incidência atual caracteriza um forte surto de Helicoverpa armigera no Rio Grande do Sul. “Percebemos a ampla e uniforme distribuição da praga, o que indica seu estabelecimento no Sul e consolidação como praga da soja”, analisa. Guedes alerta para a importância do monitoramento nesta fase de crescimento vegetativo da lavoura. “É mais fácil de controlar”, afirma. Segundo o entomologista, o mês de janeiro também deve ser de vigilância, pois tende a apresentar uma maior ocorrência. Identificada na safra 2013/2014, a Helicoverpa armigera é uma espécie de lagarta que ataca principalmente as estruturas reprodutivas das plantas. A praga tem causado prejuízos econômicos a outras culturas, como milho e algodão, em todo o país.
A principal orientação da Emater é iniciar o controle, preferencialmente, com produto biológico e, em um segundo e terceiro momentos, partir para os produtos fisiológicos e químicos. “Se começar pela estratégia de manejo correta, reduz o número de aplicações”, aconselha o agrônomo Gervásio Paulus, diretor técnico da Emater. Na avaliação dele, conforme o monitoramento é intensificado, maior será o número de mariposas identificadas. Contudo, ainda assim é preciso fazer o controle.
O presidente da Comissão de Grãos da Farsul, Jorge Rodrigues, avalia que a situação está sob controle, mas alerta: “A velocidade de multiplicação da espécie é muito intensa”.
As maiores ocorrências no Estado
Santa Bárbara — 75 mariposas
Giruá — 59 mariposas
Coronel Barros — 49 mariposas
Ijuí — 44 mariposas
Pontão — 42 mariposas
Sarandi — 37 mariposas
Não-Me-Toque — 37 mariposas
Carazinho — 35 mariposas
Nova Palma — 35 mariposas
Três de Maio — 35 mariposas