Preços do milho seguem em queda, diz Cepea
Melhora nas exportações em junho e valorização internacional não foram suficientes para conter recuo no mercado interno
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Com o avanço da colheita na maior parte dos estados e o efeito de novas estimativas oficiais indicando oferta recorde na temporada 2021/2022, os preços do milho seguem em queda no país, informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP). No dia 8 de julho, a saca de 60 quilos do cereal estava em R$ 81,50, um recuo de 0,22% frente ao valor do dia anterior, de acordo com o Indicador do Milho Esalq/BM&FBovespa. No mês, a queda acumulada é de 2,45%.
Em algumas praças acompanhadas pelos pesquisadores, os valores são os mais baixos desde o início do ano passado. Nem mesmo as exportações aquecidas ao longo de junho e a valorização externa desde meados da semana passada foram suficientes para interromper o movimento de queda nas cotações domésticas, diz o Cepea. Os pesquisadores indicam que, à espera de nova desvalorização, os compradores diminuíram o ritmo de aquisição de novos lotes. “Esses agentes estão atentos à necessidade de vendas por parte de alguns agricultores, que começam a não ter espaços nos armazéns – muitos ainda detêm parte da soja. Assim, vendedores estão mais flexíveis nos valores de negociação, sobretudo os do Centro-Oeste”, avalia o Cepea, em nota.
