Produtor teme prejuízos com atraso no Troca-Troca

Produtor teme prejuízos com atraso no Troca-Troca

Fetag cobra sementes de milho fornecidas pelo programa estadual para iniciar o plantio e minimizar perdas ocasionadas pelo clima

Camila Pessôa

Agricultores alertam governo sobre efeitos da morosidade no campo

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A Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag) reivindicou ao governo do Estado o fornecimento das sementes de milho ainda não disponibilizadas pelo programa Troca-Troca para o plantio da safra 2022/2023. Com algumas regiões já contempladas pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) deste ano, a preocupação recai sobre a possibilidade de não aproveitar os benefícios da semeadura precoce. “Muitos produtores buscam plantar agora para minimizar riscos de perdas com estiagem em dezembro”, alerta o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva. 

Conforme o dirigente, que esteve em reunião com o governador Ranolfo Vieira Júnior e representantes da Secretaria da Agricultura (SEAPDR), nesta quinta-feira, em Porto Alegre, já há produtores comprando sementes devido ao desabastecimento. As regiões mais afetadas são a das Missões, a do Noroeste Colonial e do Médio e Alto Uruguai.

De acordo com o coordenador do Troca-Troca, Jonas Wesz, a finalização das entregas estava prevista para o início desta semana, mas esbarrou em entraves burocráticos. “Estamos mobilizados para conseguir resolver o mais rápido possível”, comenta. Além de oficializar contratos, a SEAPDR ainda precisa regularizar e autorizar a entrega às entidades responsáveis. “Não há um prazo certo”, afirma. As regiões deficitárias terão prioridade na distribuição do insumo. 

A Fetag também entregou ao governador sua carta aberta em homenagem ao Dia Nacional do Agricultor, comemorado ontem em todo o país.


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