Prosperato completa uma década na produção de azeite extra virgem

Prosperato completa uma década na produção de azeite extra virgem

Agroindústria deve colher 400 toneladas de olivas nesta safra, o que resultará, em média, em 50 mil litros do produto

Nereida Vergara

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Se há um cultivo agrícola que tem deixado o produtor do Rio Grande do Sul satisfeito em todas as safras é o da olivicultura. Neste ano, os pomares de oliveiras do Estado, divididos em mais de 6 mil hectares em 113 municípios, devem superar o volume de 4 mil toneladas de oliva, o suficiente para produzir 500 mil litros de azeite e continuar na liderança nacional de processamento do produto. A árvore da oliva (azeitona) é perfeitamente adaptada ao clima gaúcho, tem o frio que necessita (cerca de 200 horas por ano) e resiste ao calor e à estiagem.

Entre os empreendimentos que atuam no Estado no setor, destaca-se a Prosperato, que em 2023 lança um selo comemorativo a uma década de produção e é o único lagar a contemplar toda a cadeia produtiva da oliva, da produção de mudas ao varejo. A agroindústria, em seus 220 hectares de olivais em Caçapava do Sul, São Sepé, Barra do Ribeiro e Sentinela do Sul, tem a expectativa de colher 400 toneladas de olivas nesta safra, o que resultará, em média, em 50 mil litros de azeite extra virgem. 

Nos pomares de Sentinela do Sul a colheita está em andamento, assim como a elaboração de novos blends para serem envazados. A empresa utiliza dinamômetros (aparelhos usados para medir a intensidade da força) para encontrar o ponto ideal de maturação das azeitonas, que não é determinado pela cor e sim pela dureza do fruto. As olivas colhidas em um dia, são prensadas no mesmo dia, o que assegura o frescor do azeite. O método de colheita é mecanizado, com um vibrador de tronco que joga a fruta na lona estendida no chão. O processo de retirada é finalizado com o uso de um implemento, o derriçador, passado na árvore por profissionais habilitados.

 

Atualmente, a Prosperato, trabalha com 11 rótulos, entre os quais quatro de azeites condimentados (manjericão, pimenta, limão siciliano e alho) e tem um recorde de 40 premiações obtidas apenas no ano passado. O cuidado na produção desce aos mínimos detalhes, como a pintura dos vasilhames para que o azeite não tenha prejuízos no sabor com os efeitos da luz. Marchetti lembra também que a empresa não direciona o marketing de seus produtos para harmonizações sofisticadas, deixando para o consumidor a decisão de como aplicar os azeites, evitando passar a mensagem de que o ingrediente é elitizado. A ideia, conforme o empresário é que o consumidor saiba reconhecer e apreciar a qualidade da produção local em relação a dos azeites importados.

 


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