Questão sanitária dos javalis preocupa suinocultores

Questão sanitária dos javalis preocupa suinocultores

Setor cria comissão para transformar caça desses animais em controle efetivo

Taís Teixeira

Acsurs entende que caça controlada dos javalis pode ser solução

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O setor da suinocultura adere ao movimento que busca combater a proliferação de javalis no Rio Grande do Sul e cria uma comissão junto aos manejadores oficiais inscritos no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O objetivo é transformar essa caça esportiva numa atividade que estabeleça controle efetivo dos animais, considerados espécie  exótica invasora e nociva à flora e fauna silvestre.

Segundo a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), o principal motivo para a decisão é a questão sanitária, já que o javali é um possível hospedeiro, portador ou transmissor, de peste suína clássica (PSC) ou peste suína africana (PSA), doenças altamente contagiosas, que não afetam humanos, mas são fatais para suínos e asselvajados_javalis e javaporcos (cruzamento com o suíno doméstico).  O Estado é considerado zona livre de PSC desde 2015 pela OIE. A PSA foi erradicada do Brasil em 1970.

O presidente da Acsurs, Valdecir Luis Folador, elaborou um pleito em conjunto com os controladores e já entregou ao deputado estadual Elton Weber, que está a frente dessa questão na Assembleia Legislativa e conseguiu aprovação para a audiência pública sobre o tema. “ A ideia é trabalhar de forma coletiva”, reitera.


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