Rio Grande do Sul foi estado com maior arrecadação de seguros rurais

Rio Grande do Sul foi estado com maior arrecadação de seguros rurais

Contratações aumentaram 19,1% no Estado

Correio do Povo

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O Rio Grande do Sul foi o estado com maior valor contratado em seguro rural entre janeiro e novembro de 2022, com a contratação de R$ 2,4 bilhões. O valor é 19,1% maior que o registrado no mesmo período de 2021, de acordo com levantamento divulgado pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg). Isso ocorre por conta das perdas decorrentes da estiagem no Sul do Brasil, como explica o vice-presidente da Farsul, Elmar Konrad. Mas ele relata que esta safra teve um aumento de 40% em custos de produção e não houve incrementos na subvenção aos seguros fornecida pelo governo, além de ter havido aumentos de mais de 30% nos preços e redução de mais de 20% no nível de cobertura dos seguros.

Konrad também afirma que muitas operações no Rio Grande do Sul não contrataram seguros por falta de resseguradoras, desinteressadas em operar no Estado por conta dos prejuízos decorrentes da estiagem. “Então realmente é um ano em que o Rio Grande está muito aquém, e tomara que normalize o clima porque estamos aí com dezembro e janeiro secos”, declara o vice-presidente. “É uma situação que está preocupante, porém o produtor é um otimista por natureza e acreditamos que após o fim de janeiro, com o término do La Niña, as coisas retornem às condições normais”, diz   

“Existe uma possibilidade de recuperação, não digo plena, mas bem significativa, caso as chuvas normalizem daqui para a frente”, completa. Mas ele enfatiza que se isso não ocorrer a dificuldade para contratar seguro vai ser ainda maior na próxima safra, além de o Estado já ter uma cobertura menor nesta safra. “Em condições de igualdade com a safra do ano passado, por um preço bem maior vamos ter a metade da cobertura que tivemos em 2021/2022”, diz. De acordo com ele, para solucionar essa situação o governo precisa dar mais espaço para a subvenção, a exemplo dos estados de Minas Gerais e São Paulo, nos quais o governo estadual paga uma parte do seguro. 

 


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