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RS abre concorrência para escolher empresa que deverá concluir obras da barragem Taquarembó

Iniciada em 2008, construção está interrompida desde 2017 e pode ser terminada no início de 2026

No limite de Dom Pedrito e Lavras do Sul, barragem tem cerca de 60% da construção pronta | Foto: Memória CP

Foi publicado nesta sexta-feira no Diário Oficial do Estado o edital que abre concorrência para que empresas se habilitem para executar as obras de conclusão da barragem do arroio Taquarembó e os programas ambientais. Localizado no limite dos municípios de Dom Pedrito e Lavras do Sul, na região da Campanha, o projeto se iniciou em 2008 e estava interrompido desde 2017, com cerca de 60% da construção executada. O investimento total no projeto é de R$ 155,8 milhões, entre os governos estadual e federal, e a apresentação das propostas deve ocorrer no dia 9 de outubro, às 14h. Conforme a Secretaria de Obras Públicas (SOP) do Estado, o prazo para conclusão dos trabalhos é de 21 meses, projetado para o início de 2026.

A notícia tem sido aguardada com ansiedade na região. “A expectativa é muito grande, visto que os benefícios para a bacia do Rio Santa Maria serão valorosos”, comemorou o presidente da Associação de Usuários da Água da Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria (AUSM), Edison Moreira Silva, que há anos fazia pressão e cobrava a retomada dos serviços. “Todo o nosso esforço será para entregar no prazo e para minimizar os problemas decorrentes das mudanças climáticas”, afirmou a titular da SOP, Izabel Christina Cotta Matte. Conforme a secretária, a retomada atende a uma das prioridades do governo, de fortalecer as políticas de irrigação e o enfrentamento às estiagens. 

De acordo com a AUSM, a utilização plena do sistema da Taquarembó ainda dependerá de ações complementares como a construção dos canais, o que exigirá estudos de impacto ambiental. O presidente da AUSM estima que o sistema completo deve agregar em torno de R$ 1,2 bilhão por ano de faturamento na região bacia hidrográfica, com irrigação de multiculturas e geração de 4 mil empregos diretos e indiretos. 

A Taquarembó é construída em concreto, com barramento de 350 metros de comprimento por 34 metros de altura. A capacidade de armazenamento é de 116 milhões de metros cúbicos de água, em um lago de 1,7 mil hectares, suficiente para irrigar 50 mil hectares. Em julho deste ano, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional publicou portaria readequando o plano de trabalho das atividades e ampliou o valor total do projeto para R$ 155,8 milhões, sendo R$ 81,3 milhões por conta da União e R$ 74,5 milhões de contrapartida do Estado. 

Jaguari

Além da Taquarembó, o Rio Grande do Sul aguarda a conclusão da barragem Jaguari, entre São Gabriel e Lavras do Sul, que está com cerca de 80% dos serviços prontos e expectativa de conclusão para junho de 2024. As obras estão em andamento e ainda devem receber em torno de R$ 17 milhões do governo federal e mais uma contrapartida de cerca de R$ 50 milhões do Estado. Conforme a SOP, barragem pronta vai permitir manter a vazão de arroios e rios, garantindo possibilidade de irrigação para culturas agrícolas e outros usos.

Até o momento, o conjunto das duas obras já consumiu cerca de R$ 270 milhões. Quando concluído, poderá reservar cerca de 300 milhões de metros cúbicos de água, suficientes para irrigar 120 mil hectares e ter uso múltiplo nos municípios de Dom Pedrito, Lavras do Sul, São Gabriel, Rosário do Sul, Santana do Livramento e Cacequi, atendendo cerca de 240 mil habitantes, além de permitir controle das cheias. 

 

Itamar Pelizzaro