RS abre oficialmente a colheita da oliva
Apesar de produção ser menor que em 2023, qualidade dos frutos será melhor, garante o presidente do Ibraoliva, Renato Fernandes
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Maior produtor de azeite de oliva do Brasil, o Rio Grande do Sul abriu, ontem, a colheita da safra da fruta neste ano. Com 6 mil hectares plantados, os olivicultores gaúchos concentram 75% da produção nacional de olivas. Já a indústria do azeite de oliva conta com 22 fábricas e cem rótulos, muitos dos quais são premiados internacionalmente. O evento ocorreu no Parque Olivas de Gramado, em Linha Nova, zona rural do município, e contou com a participação do governador do Estado, Eduardo Leite.
O presidente do Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva), Renato Fernandes, ressaltou que a colheita deste ano deve ser inferior à de 2023. Além de ser um (natural) período “de recuperação” dos pomares, frente ao recorde de mais de 6 mil toneladas obtido na safra anterior, a cultura foi impactada pelos fenômenos climáticos. Segundo a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Siapi), a produtividade dos olivais, no ano passado, foi de 1.980 quilos por hectare.
“Tivemos seca no verão, pouco frio no inverno e excesso de chuvas em setembro, o que prejudicou a floração em 2023”, explica Fernandes.
A perspectiva do Ibraoliva é de consolidar os números da nova safra gaúcha de oliva daqui a três ou quatro semanas, já que os olivicultores ainda reportam seus índices à entidade. “O cenário está bem desparelho. Assim como tivemos perdas, tivemos aumento de produção, como na Serra gaúcha”, detalha o dirigente. No entanto, Fernandes ressalta que a qualidade as olivas colhidas neste verão deve compensar a redução no volume da safra. “Com menos fruto no pé, os olivais resultaram em uma qualidade superior à do ano passado - que já era alta”, pontua Fernandes.
O governador Eduardo Leite ressaltou a importância do oliviculturismo, atividade que já recebeu investimentos dos proprietários do Parque Olivas Gramado, Pedro Henrique Bertolucci e os filhos André e Daniel Bertolucci. De acordo com André Bertolucci, a partir deste ano, já é possível visitar o parque para conhecer o observar os processos de colheita e de extração do azeite. O plano futuro é construir espaços para hospedagem de turistas no parque, que tem uma plantação de mais de 12 mil oliveiras de seis variedades diferentes.
