RS aposta no potencial mitigador da silvicultura para reduzir emissão de carbono
Ampliação de quase 400 mil hectares com plantio de florestas até 2030 é uma das principais contribuições gaúchas ao Plano ABC+
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O aumento de área de florestas plantadas será uma das principais frentes de trabalho do setor agropecuário gaúcho no Plano Setorial para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária para o período 2020-2030, o ABC+, do Ministério da Agricultura (Mapa). Isso ocorre devido ao seu grande potencial mitigador dos Gases de Efeito Estufa (GEE) e ao desenvolvimento já obtido pelo setor no Estado, seja via sistemas integrados de produção, seja via silvicultura.
Conforme o o coordenador do Comitê Gestor do Plano ABC+ no Rio Grande do Sul, Jackson Brilhante, o Rio Grande do Sul responderá pela fatia entre 8% e 10% da meta nacional de ampliar em 4 milhões de hectares a área de florestas plantadas no Brasil nos próximos oito anos. “Somente nos últimos seis anos, a área cultivada com sistemas integrados de produção, no RS, aumentou 46,7%, passando de 1,5 milhão de ha para 2,2 milhões de ha na última safra. É uma ampliação de mais de 700 mil hectares, deixando-nos atrás somente do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul”, explica.
A intenção, explica Brilhante, é que o aumento dos quase 400 mil hectares com o plantio de florestas seja responsável por metade da meta nacional de reduzir a emissão de 1,1 bilhão de toneladas de Carbono ao meio ambiente até 2030. O projeto, diz Brilhante, está pronto e será divulgado após passar pelos trâmites jurídicos necessários para que seja publicado no Diário Oficial do Estado (DOE).
Para atingir o resultado, a SEAPDR conta com apoio de programas privados de incentivo ao plantio de eucaliptos, acácia negra e pinus. Um dele é o RS+Renda, da CMPC. A iniciativa visa fomentar o plantio de 15 mil hectares de eucalipto no Estado só em 2022, ampliando a capacidade produtiva gaúcha da espécie em 350 mil toneladas.