Servidores cobram informações sobre reestruturação do Irga

Servidores cobram informações sobre reestruturação do Irga

Sindicato quer saber detalhes da propostas que autarquia está elaborando

Danton Júnior

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Enquanto o governo do Estado trabalha na tentativa de dar novo formato ao Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), servidores da autarquia cobram informações detalhadas sobre o processo. Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores do Irga (Sindsirga), Michel Kelbert, a administração do instituto chegou a fazer uma reunião com os servidores sobre a reestruturação administrativa, porém a minuta do projeto não foi disponibilizada. Ele alega que, sem conhecer o projeto na íntegra, o sindicato não tem condições de emitir um posicionamento sobre as mudanças. Uma nova reunião está agendada para esta quarta-feira, segundo a direção do Irga. 

A principal expectativa dos servidores é de que haja melhoria salarial. Hoje  um assistente administrativo recebe R$ 1,2 mil e um técnico de nível superior R$ 4,3 mil. Os valores são os mesmos desde 2014, segundo Kelbert. A categoria também reivindica a abertura de novo concurso público. “De nada adianta termos  100% da taxa CDO (paga pelo produtor e hoje não totalmente repassada ao Irga) e não termos ninguém para executar”, observa o dirigente sindical. 

O diretor administrativo e atual presidente em exercício do Irga, Eduardo Milani, alega que não há objeção ao pleito do sindicato de conhecer o projeto, mas ressalta que as propostas ainda estão em fase de elaboração. De acordo com ele, o governo do Estado vai constituir  um grupo de trabalho, com a participação de entidades externas, para discutir os termos da reestruturação. 

Milani diz que o plano  está baseado no repasse de 100% da taxa CDO, na valorização dos servidores e na criação de um fundo público. Uma das medidas em discussão é a criação de um prêmio por produtividade. “É uma participação dos servidores no contexto geral do Irga em relação aos serviços que o instituto irá oferecer além daqueles que oferece hoje”, explica. 


Correio do Povo
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