Servidores do Irga convocam assembleia para avaliar possibilidade de greve
Salários da instituição estão sem reajustes há dez anos
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O Sindicato dos Servidores do Irga (Sindsirga) discute a possibilidade de paralisação da categoria em assembleia nesta quinta-feira (12) para pressionar o governo pela aprovação do projeto que confere realinhamento salarial aos servidores, que não ocorre há dez anos. O projeto está na Secretaria da Fazenda desde 3 de fevereiro com prazo final para aprovação em 4 de julho, cumprindo com a Lei da Responsabilidade Fiscal.
O presidente do Sindsirga, Michel Kelbert, relata que o Conselho Deliberativo do órgão, formado por produtores e diretores, condicionou a aprovação do aumento à homologação do acordo de pagamento da dívida do instituto. “O conselho concorda com tudo, porém eles estão presos ao acordo da dívida”, diz Kelbert. Após reunião com o Conselho Deliberativo do instituto nesta terça-feira, houve uma manifestação dos servidores, que foram até a Secretaria da Agricultura (Seapdr), em Porto Alegre, onde receberam promessa de envio de um parecer sobre a questão em 24 horas, de acordo com Kelbert.
Segundo o presidente do Irga, Rodrigo Machado, os servidores se manifestaram dentro da normalidade, reiterando a importância do realinhamento salarial, “fato que tem todo apoio dos conselheiros”. De acordo com Machado, a homologação do acordo de dívida é um assunto do governo e depende da adesão do Estado ao regime de recuperação fiscal, que deve ocorrer até o final do mês de maio. O presidente afirma que o Conselho Deliberativo do Irga “está trabalhando muito e há muito tempo para contemplar essa pauta dos servidores”.
Ao mesmo tempo, o presidente do sindicato reclama da falta de informação e comunicação por parte da administração do instituto, que, segundo ele, não apresentou claramente os prazos e cronogramas para a homologação do acordo de dívida. Ele também diz que o Conselho Deliberativo deveria ter um plano secundário para aprovação do realinhamento salarial, caso o acordo de dívida não seja homologado a tempo. Ele diz que não sabe se vai haver greve, mas que, de qualquer forma, “as coisas vão parar”.
*Sob supervisão de Nereida Vergara