Crédito cooperativo é opção ao agro

Crédito cooperativo é opção ao agro

Paranense Cresol anunciou novas modalidades de financiamento no 35º Show Rural Coopavel

Thaíse Teixeira

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As cooperativas de crédito rural apostam em novas fontes de recursos para garantir a produção agropecuária no Brasil nesta e na próxima safra. Com a crescente escassez de crédito federal (com taxas de juros subsidiadas), evidenciada especialmente na produção de inverno de 2021/2022 e na de verão em 2022/2023, as instituições trouxeram ao Show Rural Coopavel, em Cascavel, no Paraná, a garantia de financiamento à próxima safra de inverno e à safrinha de milho. 

Conforme o presidente da Central Cresol Baser, Alzimiro Thomé, além das tradicionais linhas sustentadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Cresol também oferta recursos originados de fontes privadas e do mercado de capitais. “Neste caso, o juro praticado é, em média, 5% mais caro que o oficial, mas como a rentabilidade dos grãos está boa e não há disponibilidade de recursos, é uma forma de o produtor não ficar desassistido”, analisa. As opções também atendem a ciclos de produção mais curtos, para os quais as taxas de juros condensadas são melhores. A utilização de recursos estrangeiros também é opção na Cresol, mas utilizada com a finalidade de viabilizar investimentos no mercado de energias renováveis. 

As adequações e a independência do suporte federal vão ao encontro das transformações tecnológica, produtiva e profissional pelas quais passam os agricultores. “O cenário mudou muito nos últimos três anos. Agora, os recursos são disponibilizados para suprir a demanda em 60 dias. Ano passado, tivemos uma linha de crédito de capital de giro à produção que se esgotou em 45 segundos”, relata Adriano Michelon, vice-presidente da Cresol Confederação. O executivo lembra que até mesmo os R$ 2,9 bilhões, liberados pelo BNDES para Programas Agropecuários do Governo Federal (PAGF) em 26 de janeiro, terminaram em uma semana na instituição.

Com isso, a projeção dos dirigentes é fechar a carteira do agro com saldo de R$ 15 bilhões neste ano, ante os R$ 9 bilhões atingidos em 2022, além de outros R$ 12 bilhões provenientes de outras estratégias. “A Cresol é a maior operadora de crédito do BNDES e o agro é o nosso DNA”, pontua Michelon. 

A cooperativa de crédito encerrou o ano passado com o total de R$ 24,3 bilhões de ativos. O volume representa um crescimento de 44% frente ao ano anterior “Isso impulsionou o crescimento de patrimônio para R$ 2,8 bilhões e gerou a captação de R$ 11 bilhões do quadro social”, finaliza o dirigente. 

Para o ano de 2023, a meta da Cresol é explorar novas regiões para ampliar suas operações no país. A expectativa é aumentar o númerode agências (734) em torno de 20%. A cooperativa está presente em 18 estados, conta com mais de 7 mil colaboradores e 786 mil cooperados.


Correio do Povo
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