Sob novas regras, adesão ao Susaf quase triplica

Sob novas regras, adesão ao Susaf quase triplica

Sistema que permite comercializar produtos de origem animal em todo o Estado conta atualmente com 351 agroindústrias certificadas

Nereida Vergara

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Criado em 2012 pelo governo do Estado e modernizado em 2019, o Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf) chega a 2021 com um número de municípios registrados quase três vezes maior do que há dois anos, quando a adesão ao selo foi reformulada.

Segundo a chefe da Divisão de Organização de Agroindústrias e de Comercialização e Abastecimento (Daca) da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), Maluza Machado, os municípios participantes saltaram de 72 em 2019 para 207 atualmente. Entre estes, 171 aderiram ao Susaf depois da modernização e 36 migraram de seu formato anterior.  Por  dificuldades operacionais e por não terem regularizado o Serviço de Inspeção Municipal (SIM), 23 municípios ainda não indicaram agroindústrias para receber o selo.

As novas regras do Susaf equipararam o SIM ao serviço estadual de inspeção, diminuindo a burocracia e o tempo de espera para a conquista do selo. De acordo com Maluza, 351 agroindústrias do Rio Grande do Sul já possuem a certificação, que permite ao empreendimento comercializar produtos de origem animal fora do domicílio municipal. Somente nos dois últimos anos, 252  empresas conquistaram o selo. As outras 99 já haviam conseguido antes da reformulação.

A chefe do Daca afirma que o progresso do Susaf é importante não pela velocidade com que as empresas se habilitam, mas por ocorrer dentro de critérios técnicos que priorizam a qualificação e a responsabilidade em relação aos alimentos. Ela confirma que o Estado não tem uma meta de adesão para 2021, mas revela que a procura pelo sistema tem sido constante e observada ao longo da pandemia.

O secretário da Agricultura, Covatti Filho,  diz que a desburocratização permitiu que os empreendimentos acessem novos mercados, aumentem a produção e gerem mais empregos. “É uma grande vitória para quem dependia deste reconhecimento para alavancar os negócios.”


Correio do Povo
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