Tang busca maior aproximação com associações da Febrac

Tang busca maior aproximação com associações da Febrac

Primeiro presidente da entidade oriundo do setor leiteiro, pecuarista assume cargo em janeiro com meta de fomentar registro de animais e ampliar presença em feiras do Interior

Patrícia Feiten

Marcos Tang e a vice-presidente eleita da Febrac, Desireé Möller, assumirão gestão em janeiro de 2024

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Eleito na segunda-feira para um mandato de dois anos à frente da Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), o pecuarista Marcos Tang ainda está traçando seu plano de gestão, mas já definiu as principais diretrizes que vão guiar a entidade no biênio 2024/2025. Uma delas é o fortalecimento das 85 associações hoje filiadas à Febrac, desmistificando a ideia que, segundo ele, alguns possam ter de que constituem grupos elitizados de criadores. Para o novo presidente, que assume o cargo em janeiro, a federação deve garantir a representatividade de todos esses diversos segmentos da produção agropecuária brasileira.

“Vamos ter de falar ‘da abelha ao búfalo’. A gente espera que minimamente esteja abrindo porteiras, e não fechando nenhuma. É nesse sentido que quero trabalhar, fazer audiências com os presidentes das diversas raças, ver as demandas específicas de cada setor. É complexo, porque todos têm suas expertises”, resume Tang. O pecuarista destaca a meta de fomentar cada vez mais o registro de animais, incentivando a filiação dos produtores às associações. “Dentro delas, existe uma formação de opinião, uma formação dos baluartes da genética (animal). Precisamos que as pessoas que criam determinado animal procurem a sua associação específica, porque ali haverá pessoas que têm os mesmos interesses e amor pela mesma raça”, observa.

Atualmente também na liderança da Associação de Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), Tang é o primeiro presidente da Febrac oriundo do setor leiteiro. No atendimento a esse segmento da pecuária, ele afirma que um de seus desafios será ampliar o número de raças bovinas participantes da Fenasul e da Expoleite, eventos paralelos realizados em maio no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, onde também ocorre a tradicional Expointer. “É importante a parceria com a Federação da Agricultura do Estado (Farsul), que trabalhemos juntos para fazer uma Fenasul grande, uma Expointer grande”, diz Tang. Ele também buscará reforçar a presença de representantes da Febrac nas feiras agropecuárias regionais, promovidas no interior do Estado. “Sempre surgem demandas técnicas. Por isso, temos de criar um conselho técnico plural, para que sejamos realmente representativos”, afirma.

Outra proposta da nova gestão, segundo o pecuarista, é a criação de uma diretoria executiva na Febrac, com a contratação de um profissional remunerado, para facilitar o atendimento às demandas dos sócios e o encaminhamento dos pleitos do setor nas esferas políticas. “Acho que isso caminha para o profissionalismo”, explica. Tang pretende ainda estabelecer um cronograma de reuniões mensais para a nova diretoria, se necessário com a participação de presidentes das associações de raças. A ideia é que os encontros sejam realizados na primeira quarta-feira de cada mês. “Nós vamos ter de conversar com os presidentes, fazer um serviço de ouvidoria”, enfatiza.


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