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USDA surpreende e reduz projeção à soja dos EUA

Relatório de outubro prevê colheita de 117,39 milhões de toneladas do grão, ante 119,16 milhões de toneladas previstas em setembro

Previsão deve impactar cotações de forma pontual | Foto: Wenderson Araujo / Trilux / CNA / Divulgação

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu as previsões para a safra norte-americana de soja no ciclo 2022/2023. Conforme informações divulgadas no relatório de oferta e demanda da instituição, a colheita da oleaginosa deve alcançar 4,313 bilhões de bushels, ou seja, 117,39 milhões de toneladas. A projeção é 1,48% menor que a divulgada no levantamento de setembro, que previa uma safra de soja de 4,378 bilhões de bushels ou 119,16 milhões de toneladas. Frente a esse cenário, o USDA cortou a previsão de exportação de 2,085 bilhões de bushels (56,75 milhões de toneladas) para 2,045 bilhões de bushels (55,66 milhões de toneladas). Contudo, o departamento ainda manteve os estoques finais do grão nos Estados Unidos em 5,44 milhões de t. 

Para o consultor da Safras & Mercados Luiz Fernando Gutierrez Roque, o corte foi inesperado, e, de fato, maior que anunciaram as previsões. Por este motivo, crê na possibilidade de mudanças. “A gente deve continuar esperando novas surpresas, porque o USDA pode ter errado a mão”, considera, mesmo sabendo que os dados levam em conta a colheita da oleaginosa, que está a pleno vapor no país. “A estimativa está mais próxima da realidade. Entretanto, isso não exclui a possibilidade de novos ajustes, inclusive com a elevação das expectativas de safra”, afirma. O resultado final da safra norte-americana de soja deve ser conhecido em, aproximadamente, três semanas, prevê o consultor. Por enquanto, a previsão é de reflexos pontuais nos preços, como já observado  nas cotações da Bolsa de Chicago. 

O economista-chefe da Farsul, Antônio da Luz, explica que a redução na projeção do USDA  é positiva, já que retrata a realidade da produção do EUA. “Essa deve ser a última surpresa que vamos ter em relação à previsão de safra”, projeta. Apesar de considerar a diminuição da volatilidade nos preços da oleaginosa em detrimento da safra norte-americana, o economista lembra que, a partir de agora, para avaliar o mercado, será preciso acompanhar a safra que será plantada no Hemisfério Sul.

Camila Pessôa