Uso de drones vai agilizar fiscalização na área rural

Uso de drones vai agilizar fiscalização na área rural

Aeronaves serão operadas por servidores treinados pela Secretaria da Agricultura, melhorando acesso da vigilância a regiões íngremes do RS

Patrícia Feiten

Contagem de rebanho e mapeamento físico de risco sanitário são algumas das ações que equipamento permitirá

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Os drones prometem melhorar as atividades de fiscalização agropecuária na zona rural do Rio Grande do Sul. A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) concluiu neste mês o último treinamento de servidores para operação dos equipamentos. No total, foram capacitados 36 técnicos agrícolas e analistas agropecuários lotados nos programas Sentinela e Guaritas, em três cursos realizados em dezembro, março e abril. Segundo o coordenador dos programas, Francisco Lopes, o uso dos drones vai reduzir o tempo de fiscalização, tanto em atividades de contagem de rebanho quanto em fiscalizações volantes nas estradas vicinais da região de fronteira. 

Desde o início deste ano, informa Lopes, os servidores dos programas já fiscalizaram 1,7 mil bovinos no Estado. Destes, 271 estavam em situação irregular, 36 foram apreendidos e 129 eram animais em corredor. As ações resultaram em 31 autuações emitidas.

Para o presidente da Associação dos Fiscais Agropecuários do Rio Grande do Sul (Afagro), Richard Alves, os drones facilitam a fiscalização em locais de difícil acesso, mas seu uso deveria ser ampliado. “Muitos veterinários que estão em inspetorias e não fazem parte dessas equipes (Sentinela e Guaritas) não têm acesso a esses drones”, observa. 

Trinta e seis fiscais foram habilitados. Foto: Seapdr / Divulgação

Os treinamentos foram ministrados pelo professor Cristian Bredemeier, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em módulos de 24 horas de aulas teóricas e 12 horas de aulas práticas. Responsável por uma das equipes do Programa Sentinela, o fiscal estadual agropecuário Francisco Coelho, da regional de Canguçu, destaca as vantagens da tecnologia. “Nas contagens de animais em propriedades rurais, na identificação dos animais, no rastreio de pontos de controle em barreiras fixas e volantes, bem como no mapeamento físico de propriedades de risco sanitário, os drones tornam nosso trabalho muito mais preciso”, afirma.

Os seis aparelhos usados pela secretaria foram adquiridos por meio de convênio com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), e alguns itens, como baterias, carregadores móveis e hubs para carregamento, foram comprados pelo Fundesa.

 

 


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