Uvibra busca unificação do setor vitivinícola brasileiro
Daniel Panizzi, presidente eleito para a gestão 2022/2023, explica a necessidade de organizar a cadeia produtiva da uva e do vinho em nível nacional devido à expansão das atividades em regiões não tradicionais
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Unificar o setor vitivinícola nas diferentes regiões produtoras para ampliar resultados junto ao governo federal é a principal meta de Daniel Panizzi à frente da União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra). Eleito para conduzir a entidade de agosto de 2022 a dezembro de 2023, o dirigente explica a necessidade de organizar a cadeia produtiva da uva e do vinho em nível nacional, dada expansão do cultivo e da industrialização em regiões não tradicionalmente produtoras nos últimos anos. “Hoje, temos produtores em Minas Gerais, na Bahia, em São Paulo e Santa Catarina”, exemplifica, mas lembra que, ao total, dezesseis estados compõe a atual matriz vitivinícola brasileira.
Panizzi também pretende empreender esforços para que a Lei do Vinho, atualmente em revisão na Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Viticultura, Vinhos e Derivados do Ministério da Agricultura (Mapa), ajuste conceitos, nomenclaturas, procedimentos, classificações e certificações
conferidas à uva e ao vinho brasileiro. “Essa lei regulamenta toda a cadeia, mas é bem antiga e está em revisão há dois anos. Hoje, um produtor usa o nome Reserva no rótulo, mas a legislação não preconiza o que é Reserva”, relata.
A atenção também estará voltada às pesquisas e à tecnologia, especialmente no Rio Grande do Sul, juntamente com a Embrapa Uva e Vinho. “Muitas regiões estão sendo descobertas, para as quais estamos validando as uvas que melhor se adaptam. A região da Campanha é boa para uvas com maturação mais tardia. Já a Serra é indicada para variedades mais precoces”, exemplifica.
De acordo com a Uvibra, em 2021, o Rio Grande do Sul colheu 734 milhões de quilos de uva, entre as variedades de mesa e as viníferas.
