Venda de espumantes deve encerrar o ano com alta de 15%

Venda de espumantes deve encerrar o ano com alta de 15%

Elaboração de bases para espumante e de espumantes, neste ano, apresentou aumento de 4,7% em relação ao ano passado, aponta o Sisdevin

Lucas Keske*

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Mesmo que ainda seja vista por muitos como uma bebida atrelada às festas de fim de ano, os espumantes chegam ao final de 2022 consolidados como “uma bebida para todos os momentos”, conforme o presidente da União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra), Daniel Panizzi. Por isso, a expectativa do dirigente é que a comercialização da bebida atinja crescimento de 15% em 2022 ante o ano anterior. 

Conforme o Sistema de Declarações Vinícolas (Sisdevin) da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), a elaboração de bases para espumante e espumantes, neste ano, apresentou aumento de 4,7% em relação ao ano passado. A produção total ficou de 11,63 milhões de litros, dos quais 70,7 mil litros foram de espumantes e 27,2 mil litros de espumantes moscatel. 

Atualmente, o Brasil contacom mais de 1,1 mil vinícolas. A principal região produtora é a região Sul, responsável por 90% da produção nacional. Recentemente, Altos de Pinto Bandeira - RS foi reconhecida como Denominação de Origem (DO), a única exclusiva para espumantes do Hemisfério Sul.

Outro produto que caiu no gosto do consumidor recentemente foi o kombucha, uma bebida que resulta da fermentação de uma mistura obtida pela infusão ou extrato de chá e açúcares, podendo ainda ser adicionado de sucos e aromas. Essa fermentação é realizada por uma colônia de microrganismos conhecida como Scoby que, traduzida do inglês, significa “colônia simbiótica de bactérias e leveduras”. Em razão da composição e do processo de elaboração, e diferentemente do suco, o produto final pode resultar em uma bebida alcoólica.

Uma prática simples como procurar o registro no Ministério Da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) da empresa que produziu a bebida no rótulo, pode ajudar a preservar até mesmo a saúde do consumidor, destaca o Chefe do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal no Rio Grande do Sul, Leandro Luis Kroth.  Ele afirma que o registro é uma informação obrigatória na rotulagem de bebidas e a ausência dela é um indicativo de que se trata de produto que não passou por fiscalização e, por consequência, não possui garantia de qualidade. “Consumir uma bebida elaborada em estabelecimento 'clandestino' pode, acima de tudo, colocar a saúde do consumidor em risco. Esse tipo de bebida é, geralmente, produzida sem o mínimo de controle, utilizando até mesmo produtos impróprios para o consumo humano”, alerta Kroth. O doutor em fitossanidade ainda ressalta que, além de conferir o registro no MAPA, comprar de estabelecimentos confiáveis e desconfiar de preços muito baixos podem ajudar a manter esse período do ano como um momento de festa. 

*Sob supervisão de Nereida Vergara. 


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895