Vendas de calcário registram alta de 10% no Rio Grande do Sul em 2021

Vendas de calcário registram alta de 10% no Rio Grande do Sul em 2021

Mesmo com alta nos insumos, segmento estima que o volume vendido à agricultura gaúcha deverá chegar a 3,4 milhões de toneladas neste ano

Correio do Povo

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Os aumentos de combustíveis, aço, energia elétrica e fretes, entre outros insumos, causaram impacto nos custos da indústria do calcário, que subiram significativamente nos últimos 12 meses. Em consequência, houve repasse ao preço da tonelada do produto, que passou de R$ 58 em 2020 para valores entre R$ 100 e R$ 110. Mesmo com a majoração, o segmento estima que o volume de calcário vendido à agricultura gaúcha deverá chegar a 3,4 milhões de toneladas neste ano, em torno de 10% a mais que no ano passado.

O presidente do Sindicato da Indústria e da Extração de Mármores, Calcários e Pedreiras do Rio Grande do Sul (Sindicalc), Carlos Cavalheiro, atribui este desempenho à conscientização do uso necessário do insumo, aliado à capitalização do produtor de grãos, com rentabilidade alta decorrente do valor das commodities, beneficiando a relação de troca.

Cavalheiro (E) e Zamberlan (D) afirmam que uso do produto deveria ser maior | Foto: Sindicalc / Divulgação / CP

Cavalheiro salienta que as compras em 2021 seguem firmes. No entanto, apenas os produtores que se organizaram antecipadamente fizeram suas aquisições no primeiro semestre e já estão com o calcário em suas propriedades, prontos para aplicação do produto para a safra de verão.

“Os produtores retardatários na compra receberão o produto após a entrega dos pedidos efetuados antecipadamente”, comenta. Por isso, alerta Cavalheiro, é imperativo que o produtor faça suas compras com antecedência e estoque o calcário nos meses de verão (de novembro a março), para não correr o risco de ficar desabastecido.

O dirigente lembra que, conforme a análise de solo e a recomendação agronômica, o consumo de calcário é de no mínimo uma tonelada por hectare a cada ano, podendo ser aplicada sua soma a cada três anos. 

O diretor executivo do Sindicalc, Roberto Zamberlan, evidencia que a cada R$ 1 investido em calagem, o retorno será sempre superior a R$ 3. Cavalheiro ressalta que o consumo anual do Rio Grande do Sul deveria chegar a 6 milhões de toneladas e atualmente está em 3,4 milhões, pouco mais da metade da necessidade.


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