Alerta com o agravamento do quadro de dengue em Uruguaiana na Fronteira-Oeste do RS

Alerta com o agravamento do quadro de dengue em Uruguaiana na Fronteira-Oeste do RS

Em dois meses os casos estão próximos da metade dos registros de 2023

Fred Marcovici

Equipes reforçam a força-tarefa recorrendo bairros de Uruguaiana detectando focos do mosquito Aedes aegypti

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A vigilância epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Uruguaiana divulgou haver agora 15 casos confirmados de dengue no município.

O número atinge, em 64 dias, o índice de 45% do total apontado em todo o ano passado, ligando o alerta sanitário.

As duas infecções mais recentes apontadas foram a de uma mulher de 43 anos, moradora do bairro Centro e de um homem de 27 anos, residente no Loteamento João Paulo II, área periférica.

Agora são nove infectados considerados autóctones (enfermidade contraída na própria cidade). Os seis restantes importados de outras localidades.

No momento, as notificações saltaram para 151 e entre elas há 76 casos sendo avaliados laboratorialmente. E do total, 60 foram descartados.

Não houve internação hospitalar na última semana.

A maior incidência acontece entre pessoas de 40 a 49 anos.

Em 2023, houve 34 casos confirmados de dengue, ao longo do ano, na cidade.

A força-tarefa mantém a fumigação nas áreas consideradas de maior risco.

O trabalho reúne 51 agentes de combate a endemias (ACEs) e reforços.

A médica veterinária, Laura Massia, responsável pela vigilância ambiental em saúde de Uruguaiana, reitera que no LIRAa – Levantamento Rápido de Índice para Aedes aegypti em janeiro último, foram registrados 278 focos, em números absolutos, de larvas do mosquito, representando 12,3% do Índice de Infestação Predial (IIP).

“O mais expressivo em relação aos quatro Liras realizados em 2023”, diz.

A veterinária insiste que os números são altíssimos para ocorrência de arboviroses como dengue, zika vírus e chikungunya, e destaca que todo o cuidado de todos é pouco.

A fumigação tem sequência nas áreas consideradas de maior risco para incidência do mosquito Aedes aegypti.

Os bairros Centro, Ipiranga, São João e Santana apresentam a maior ocorrência da doença e de notificações.

A administração municipal insiste junto ao Ministério da Saúde que enviem vacinas à população contra o vírus propagado pelo Aedes aegypti levando-se em consideração a posição estratégica e geopolítica em que localiza-se Uruguaiana, com intenso trânsito de centenas de caminhões diariamente e milhares de turistas.


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