Ana Nery assume hospital de Cachoeirinha e processo de transição acontece de forma tranquila

Ana Nery assume hospital de Cachoeirinha e processo de transição acontece de forma tranquila

Conforme Sindisaúde, nova administradora está cumprindo com o que foi acordado na última mediação no Tribunal regional do Trabalho; trabalhadores desligados estão sendo admitidos

Fernanda Bassôa

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Nesta segunda-feira aconteceu a transição da gestão no Hospital Padre Jeremias, em Cachoeirinha. Em substituição a administração feita pela Fundação Universitária de Cardiologia, os serviços de saúde foram assumidos pelo Hospital Ana Nery Santa Cruz do Sul. De acordo com o tesoureiro do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado (Sindisaúde-RS), Arlindo Ritter, ao menos três sindicatos acompanharam o processo de transição que se deu de forma tranquila, ainda durante a madrugada.

“O Ana Nery está cumprindo tudo que foi acordado. Horários, escalas, turnos e especialmente garantindo postos de trabalho para os 400 trabalhadores que seriam desligados. Todos aqueles que querem permanecer no hospital serão admitidos. Seguimos acompanhando toda esta situação. Nossa preocupação segue com os trabalhadores de Alvorada.” Segundo Ritter, o Sindisaúde está se reunindo com o setor jurídico do Sindicato para avaliar as próximas ações e planejar novas mobilizações a fim de pressionar o Governo do Estado a pagar as verbas rescisórias dos trabalhadores demitidos do Hospital de Alvorada.

Na última mediação que aconteceu semana passada no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região envolvendo os trabalhadores dos hospitais de Cachoeirinha e Alvorada, ficou acordado que será liberada pela Fundação Universitária de Cardiologia a documentação necessária para que os trabalhadores possam encaminhar o seguro-desemprego e o saque do FGTS. O Estado também se comprometeu a analisar a viabilidade de encaminhar um projeto de lei à Assembleia Legislativa para que seja feito o pagamento das parcelas rescisórias, calculadas em R$ 41 milhões, aos cerca de mil trabalhadores demitidos.

Ainda, na mediação, a Associação Beneficente João Paulo II, que assumiu a instituição de saúde de Alvorada, colocou-se à disposição para tentar viabilizar a contratação dos trabalhadores egressos da Fundação Cardiologia mediante formação de um grupo de trabalho. A Procuradoria-Geral do Estado informou que em relação aos pagamentos das verbas rescisórias, o Estado terá o prazo de 10 dias, após o recebimento de documentos a serem enviados pelo Cardiologia, para análise e manifestação acerca de eventual auxílio financeiro. A próxima mediação ficou agendada para dia 30 de abril, às 14h, na capital.


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