Atendimentos nas UPAs de Canoas chegam a 450 por dia devido ao aumento dos casos de dengue

Atendimentos nas UPAs de Canoas chegam a 450 por dia devido ao aumento dos casos de dengue

A procura aumentou também pela chegada de pacientes de outros municípios da Região Metropolitana, sobrecarregando ainda mais emergências da cidade

Fernanda Bassôa

UPAs trabalham com demandas de baixo, médio e alto risco; os casos menos graves costumam ter um tempo maior de espera

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Moradores de Canoas que têm buscado atendimento nas Unidades de Pronto Atendimento 24 Horas (UPAs) do Município tem aguardado até 12 horas por uma consulta em razão da quantidade de usuários se encontram no local. De acordo com relato de uma moradora que teria dado entrada na UPA Boqueirão ao meio-dia de segunda-feira, ela passado pela triagem apenas às 16h e, segundo informações das equipes médicas, não havia previsão dela ser atendida por um médico antes da meia-noite daquela data. “Conforme relato dos usuários que aguardavam por atendimento na unidade, a situação é recorrente e normal por lá, o que acaba acarretando em desistência por conta da demora.”

Em contato com a Prefeitura de Canoas, o secretário de Saúde, Mauro Sparta, informou que a média de atendimento nas UPAs, normalmente varia entre 250 e 300 pessoas por dia. “Com o surto de dengue que a cidade enfrenta, esses números estão chegando a 450. A procura aumentou também pela chegada de pacientes de outros municípios da Região Metropolitana, sobrecarregando ainda mais nossas emergências.” Segundo Sparta, em determinados dias o número de atendimentos chega a quase dobrar devido ao aumento dos casos de dengue na região e por isso a Prefeitura já está planejando ações imediatas para melhor atender a população, como instalação de tendas e demais espaços para atendimento exclusivo dos casos de dengue.

O secretário de Saúde de Canoas lembra que as UPAs trabalham com demandas de baixo, médio e alto risco. Os casos menos graves costumam ter um tempo maior de espera. “Nesses casos, a recomendação é para que a população procure as Unidades de Saúde, garantindo que as UPAs possam atender apenas os casos mais graves. Muitas vezes são demandas de baixo risco, que poderiam ser solucionadas nas Unidades de Saúde.”


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