Audiência pública trata da transição de gestão dos hospitais das cidades de Alvorada e Cachoeirinha

Audiência pública trata da transição de gestão dos hospitais das cidades de Alvorada e Cachoeirinha

Encontro também trouxe à tona a discussão sobre as rescisões trabalhistas; passivo é projetado pelas entidades sindicais em cerca de R$ 43 milhões

Fernanda Bassôa

Demandas agora são pelo pagamento das rescisões e a volta dos atendimentos especializados em maternidade, urgência, emergência e traumatologia

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A audiência pública realizada pela Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, que abordou a questão da troca de gestão dos hospitais de Alvorada e Padre Jeremias, de Cachoeirinha, também trouxe à tona a discussão sobre as rescisões trabalhistas, já que o Instituto de Cardiologia - que hoje é gestor administrativo dos hospitais - passa por crise financeira e encontra-se em recuperação judicial. O passivo rescisório é projetado pelas entidades sindicais em cerca de R$ 43 milhões.

A secretária Estadual da Saúde, Arita Bergmann, que participou de forma online da reunião, garantiu que as duas instituições hospitalares, que pertencem ao Governo do Estado, deixarão de ser geridas pelo Instituto de Cardiologia e passarão à responsabilidade das instituições João Paulo II (Alvorada) e Ana Nery (Cachoeirinha). Segundo ela, a escolha foi feita por meio de chamamento público e de forma transparente, dentro da legalidade.

Na oportunidade, a secretária afirmou que o trabalho das equipes de profissionais dessas instituições é fundamental para a assistência, sem interrupção do atendimento de urgência e emergência, ambulatorial e internação hospitalar pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Desde o ano passado, nós começamos a observar que era preciso ampliar o número de atendimentos e qualificarmos os processos de trabalho, agora estamos tratando da transição que será efetiva no momento certo e oportuno”, disse Arita.

O deputado Dr. Thiago Duarte, coordenador e proponente da audiência pediu que uma representação da Comissão de Saúde participasse da reunião do próximo dia 14, salientando necessária a manutenção e a ampliação dos serviços hospitalares para não deixar a população daquelas cidades desassistidas.

Já a deputada Stela Farias destacou que as rescisões são questão fundamental neste período de transição da gestão dos hospitais, para permitir que os novos administradores possam dar continuidade e melhoria no atendimento da saúde à população. As principais demandas agora são pelo pagamento das rescisões e a volta dos atendimentos especializados em maternidade, urgência, emergência e traumatologia, além da falta ou precariedade de insumos.

O prefeito de Cachoeirinha, Cristian Wasem, disse que está imensamente satisfeito em ver o resultado do esforço conjunto entre a Prefeitura e o Governo Estadual na concretização da transição da gestão do Hospital Padre Jeremias. “Buscaremos que essa fase seja realizada no menor prazo possível. Essa mudança representa um marco para nossa cidade, pois estamos comprometidos em garantir um atendimento de qualidade e humanizado para toda a nossa população. Seguiremos atentos e dedicados para assegurar que esse objetivo seja plenamente alcançado.”

A prefeitura de Alvorada informou que, desde 2019 a Secretaria municipal de Saúde tem trabalhado de forma permanente pela qualificação do atendimento do Hospital de Alvorada, levando de forma contínua os relatos ao Governo do Estado e também por meio da realização de diligências no local. “Reiteramos também que o município esgotou todas as tentativas de diálogo com o atual prestador de serviço, que já não correspondia ao atendimento de sua responsabilidade. A nova gestão é uma importante conquista fruto de muito trabalho e diálogo da Prefeitura de Alvorada juntamente ao Governo do Estado, priorizando a qualificação de um Hospital que atenda à comunidade de forma humana, digna e respeitosa.”

O Instituto de Cardiologia - Fundação Universitária de Cardiologia (IC-FUC) - informou, em nota, que vem seguindo os trâmites e cronogramas definidos pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), contribuindo para que o processo ocorra sem nenhum prejuízo às partes ou à população.


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