Câncer colorretal é o terceiro tipo mais comum no Brasil

Câncer colorretal é o terceiro tipo mais comum no Brasil

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca) 70% dos casos estão concentrados nas regiões Sudeste e Sul

Correio do Povo

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O mês de março é conhecido pela cor azul-marinho, em conscientização ao câncer colorretal, o terceiro tipo mais comum no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Este, origina-se no intestino grosso, também chamado de colón, e no reto, região final do nosso trato digestivo e anterior ao ânus. A idade também aumenta a chance do aparecimento de tumores nessa região, sendo mais comum em pessoas acima de 50 anos.

Dentre as possíveis causas, especula-se que o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, carnes vermelhas, embutidos e carnes processadas, além do baixo consumo de frutas, legumes e cereais integrais, aumentam a probabilidade do seu desenvolvimento. Existem casos, ainda, associados à hereditariedade, identificados quando existe um histórico familiar. O câncer de cólon e reto é conhecido por ser silencioso, pelo seu crescimento ser lento e manifestar sinais e sintomas apenas quando o tumor está grande.

Ficar atento a eles para a detecção precoce é essencial. Alguns sinais devem ligar o alerta: sangue nas fezes; mudança no hábito intestinal; dor ou desconforto abdominal, tipo cólica, com gases e associado ao inchaço abdominal; evacuações dolorosas; entre outros. A cirurgia é o principal caminho para que o tumor seja retirado, mas também há possibilidade de ser realizada radioterapia e quimioterapia, além do auxílio de medicamentos no tratamento.

É o terceiro tipo mais comum no Brasil, segundo o Inca, que estima o surgimento de 41 mil novos casos por ano no país. De acordo com o Inca, 70% dos casos estão nas regiões Sudeste e Sul. O coloproctologista do Hospital Divina, da Rede de Saúde da Divina Providência, Enrico Sfoggia, explica que o câncer colorretal origina-se no intestino grosso, também chamado de cólon e no reto, região final do trato digestivo e anterior ao ânus.

“Acomete homens e mulheres, principalmente, idosos, podendo iniciar-se antes mesmo dos 40 anos de idade. Os sintomas mais comuns são dores abdominais, alteração do hábito intestinal, perda de peso, sangramento anal, e fadiga, entre outros”, contextualiza. Conforme Sfoggia, é um câncer tratável e, mais ainda, prevenível.

Ele cita cuidados que as pessoas devem fazer para sua prevenção e destaca que estão relacionados a uma vida mais saudável. “Alimentação rica em fibras e pobre em gorduras, frituras, embutidos e enlatados, carne vermelha assim como a perda de peso, a atividade física regular, parar de fumar e de consumir bebidas alcoólicas, entre outras”, exemplifica.

Ainda na linha de prevenção, o médico alerta que existem exames que avaliam o cólon à procura dos pólipos, que podem ser os precursores do câncer. “O exame de colonoscopia, além de localizar esses pólipos, retira-os, encaminhando-os para a patologia – após avaliá-los, uma estratégia de observação e acompanhamento é feita. Assim, a colonoscopia - além de um exame diagnóstico - é considerada como tratamento ao mesmo tempo”, revela.

Sfoggia alerta que homens e mulheres com mais de 45 anos devem realizar o exame preventivo. Além desses, os pacientes com menos de 45 anos e com sintomas como os elencados ou história familiar positiva para câncer colorretal, devem procurar o médico e solicitar que o exame seja feito.


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