Cão faz visita surpresa para paciente internado há mais de 100 dias em Porto Alegre
Sidnei Antônio Fiori, de 66 anos, realizou um procedimento cardiológico e ganhou um ânimo a mais para melhorar seu quadro de saúde
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O cãozinho Eros é o “neto pet” de Sidnei Antônio Fiori, de 66 anos. O aposentado, porém, está internado há mais de 100 dias no Hospital São Francisco, em Porto Alegre, mas ambos puderam se ver presencialmente nesta semana. Eros chegou de surpresa para aliviar a saudade e dar um novo ânimo na sua recuperação após um procedimento cardiológico. “Eu adorei, me deu muito ânimo. Ele é um cachorro esperto, somos muito ligados e a saudade já era enorme”, celebrou Sidnei.
A ideia do encontro entre ambos nasceu na Unidade de Cardiologia Intensiva do hospital, após os diversos relatos do paciente durante as conversas com a equipe e o time de psicólogas. A visita seguiu todos os protocolos de segurança estabelecidos pelo setor de Controle de Infecção da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre.
“Meu pai sempre foi muito apegado ao Eros. Mesmo sem conseguir falar, entubado ou com a traqueostomia, gesticulando ou escrevendo, perguntava todo dia como estava o cachorro”, afirma o filho, o empresário Thiago Fiori, morador do bairro Independência. De acordo com ele, tudo foi acertado com a administração do hospital.
“O Eros era o único da família que ainda não tinha ido visitar ele. De primeira, achei estranho, até porque não é um cachorro pequeno. Frisei algumas vezes que é um rottweiler, pois existe bastante preconceito com a raça. Ele, que sempre bagunça, se comportou. O pai vinha de uma baixa no quadro de saúde, depois da visita mudou tudo, deu outro ânimo. A melhora é muito visível”, pontuou Thiago, agradecendo a equipe do hospital por proporcionar este momento de afeto.
O reencontro com Eros foi tão importante que, nesta tarde, Fiori deixou o leito pela primeira vez para um passeio em cadeira de rodas. "Primeira saída após mais de 100 dias na UTI. Eu chamo isso de o milagre do amor pet. Esta conexão espiritual supera qualquer barreira", comemou a enfermeira Rosimar Veloso Sebben. "Na Santa Casa, a experiência do paciente vai extra muros e traz a família e a vida para perto do paciente no momento em que ele não pode ir até ela. Muito mais que amor pela vida, aqui todas as vidas importam", acrescenta.
