Casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave aumentam em Porto Alegre e outras sete capitais

Casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave aumentam em Porto Alegre e outras sete capitais

Faixa etária de 2 a 14 anos é a mais afetada

Correio do Povo

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Porto Alegre está entre as oito capitais em que houve aumento no número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nas últimas seis semanas. Os resultados de análises da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de tendências desse período apontam para uma probabilidade de 95% de crescimento dos casos na capital, especialmente nas faixas etárias de entre 2 e 14 anos e acima de 65 anos, como divulgado pela fundação nesta quarta-feira (23). Também houve aumento dos casos nas capitais Boa Vista, de Roraima, Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, Florianópolis, em Santa Catarina, João Pessoa, na Paraíba, Natal, no Rio Grande do Norte, Salvador, na Bahia e São Paulo.

Em análise geral de todo o país, a fundação detectou sinal de aumento de casos de SRAG na tendência de curto prazo (últimas três semanas), mas de queda na tendência de longo prazo (últimas seis semanas), o que pode sinalizar uma virada de tendência de queda para crescimento. 

O Rio Grande do Sul também está entre os oito estados apontados pela Fiocruz como os que tiveram maior aumento de casos de rinovírus, causador de resfriados e potenciais casos mais graves, especialmente em crianças. De acordo com a fundação, essa tendência pode ser uma possível explicação para o aumento dos casos de SRAG. 

Já para os vírus da influenza A, Sars-CoV-2 (Covid-19) e Vírus Sincicial Respiratório (VSR), o coordenador do InfoGripe Marcelo Gomes atesta que a situação, até o momento, continua de relativa estabilidade, com queda ou estabilização em um patamar relativamente baixo na maioria dos estados.

No entanto, reforça a importância da vacinação: “A vacinação continua extremamente recomendada. Devemos aproveitar que as vacinas da gripe e da Covid ainda estão disponíveis nos postos de saúde, são gratuitas e continuam protegendo especialmente contra as formas graves das doenças como forma de proteção em caso de retomada do crescimento do vírus”, afirmou o pesquisador, em nota da Fiocruz.

Resultados positivos de vírus respiratórios e óbitos

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de: influenza A (3,8%) , influenza B (1,2%), vírus sincicial respiratório (20,4%) e Sars-CoV-2/Covid-19 (25,1%).

Entre os óbitos, a presença desses mesmos vírus entre os positivos foi de: influenza A (4,4%), influenza B (4,4%), vírus sincicial respiratório (10,3%), e Sars-CoV-2/Covid-19 (54,4%).

Referente ao ano epidemiológico 2023, já foram notificados 124.430 casos de SRAG, sendo 48.316 (38,8%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 61.153 (49,1%) negativos, e ao menos 8.086 (6,5%) aguardando resultado laboratorial. Dados de positividade para semanas recentes estão sujeitos a grandes alterações em atualizações seguintes por conta do fluxo de notificação de casos e inserção do resultado laboratorial associado.

Dentre os casos positivos do ano corrente, 9,1% são Influenza A, 4,8% Influenza B, 40,3% vírus sincicial respiratório (VSR), e 30,4% Sars-CoV-2 (COVID-19). Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 3,8% para influenza A, 1,2% para influenza B, 20,4% para vírus sincicial respiratório, e 25,1% para Sars-CoV-2 (Covid-19).


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