Com mais de 300 pacientes, emergências seguem operando acima da capacidade em Porto Alegre

Com mais de 300 pacientes, emergências seguem operando acima da capacidade em Porto Alegre

Taxa média de ocupação de leitos era de 142,92% na tarde desta terça-feira

Felipe Samuel

Taxa média de ocupação de leitos na tarde desta terça-feira era de 142,92%

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A procura pelos serviços de urgência e emergência voltou a registrar crescimento em Porto Alegre. Com 323 pacientes internados em observação, a taxa média de ocupação de leitos na tarde desta terça-feira era de 142,92%. Na véspera, o total era de 128,78%. O número de leitos nas sete unidades de emergência totalizam 226. Conforme dados do monitoramento da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), as emergências da Santa Casa e do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) operavam acima da capacidade, com atendimento restrito a casos graves. 

O Hospital de Clínicas respondia por 1/3 dos pacientes, com 109 casos em observação, e ocupação total de 194,64%. A emergência pediátrica do HCPA também registrava superlotação, com 11 pacientes internados e 122,22% de ocupação. Com 52 pacientes e 24 leitos disponíveis, a emergência da Santa Casa tinha lotação de 216,67%. Com 147,62% de lotação, o Instituto de Cardiologia tinha 31 pacientes em observação para 21 leitos disponíveis. A emergência adulta do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC) operava acima da capacidade, com 94 pacientes em 64 leitos disponíveis, o equivalente a 146,88% de ocupação. 

A emergência pediátrica do HSNC tinha 25 pacientes em observação, quase o dobro do número de leitos disponíveis, que totalizam 16. A ocupação era de 156,25%. O Pronto Atendimento da Bom Jesus (PABJ) também estava superlotado, com 18 pacientes e 257,14%. Na UPA Moacyr Scliar, que tinha 31 pacientes em observação, a lotação era de 182,35%. O Pronto Atendimento da Cruzeiro do Sul (PACS) tinha 158,33% de lotação, com 19 pacientes em observação. 

Conforme o coordenador municipal de Urgências da SMS, Daniel Lenz Faria Corrêa, as emergências adultas estão permanentemente com ocupação elevada. “Estamos passando por uma fase em que estamos com grande aporte de pacientes do Interior. Do total de pacientes à espera de leitos em Porto Alegre, 62% são do interior”, afirma. Corrêa esclarece, no entanto, que a maioria dos casos não envolve síndromes respiratórias, mas pacientes que precisam de tratamento de outras especialidades, como cardioogia, cirurgia vascular, psiquiatria, entre outros.

 


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