Cremers alerta sobre superlotação de emergências
Em Porto Alegre, as emergências adulto dos principais hospitais operam acima da capacidade
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A superlotação de emergências em hospitais e pronto atendimentos de Porto Alegre e da Região Metropolitana é motivo de preocupação para o Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers). A entidade realiza uma série de vistorias para verificar a situação dos serviços oferecidos no Estado, como segurança, esterilização dos materiais, entre outras coisas. Apesar do alerta do Cremers, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) afirma que não evidencia superlotação generalizada nas emergências e prontos atendimentos do Estado.
Em Porto Alegre, as emergências adulto dos principais hospitais operavam acima da capacidade. Conforme monitoramento da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), o Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), com 207,14% de lotação, e o Instituto de Cardiologia, com 204,76%, apresentavam a maior taxa de ocupação. A emergência da Santa Casa tinha 162,50% de lotação. Na avaliação do diretor do Departamento de Regulação Estadual da SES, Eduardo Elsade, a procura por unidades de saúde era esperada após a pandemia, mas considera que o atendimento está dentro da normalidade.
“Não evidenciamos superlotação generalizada nas emergências e prontos atendimentos do Estado. Mesmo que pontualmente, especialmente na Região Metropolitana de Porto Alegre, ocorra maior pressão nas emergências por conta de dificuldades operacionais de alguns municípios, como é o caso de Canoas. A situação na maior parte das regiões do RS está com atendimento dentro da normalidade”, destaca. Conforme Elsade, 2022 tem se mostrado atípico na área hospitalar, o que acarreta em maior pressão nas emergências.
“Vivemos um ano de pós-pandemia onde pacientes que ficaram reclusos por dois anos, agora, estão expostos a contatos com agentes infecciosos novamente. Somam-se a isso os tratamentos que foram postergados e, portanto, agravados, além dos pacientes com sequelas da Covid-19”, completa.