Cremers alerta sobre superlotação de emergências

Cremers alerta sobre superlotação de emergências

Em Porto Alegre, as emergências adulto dos principais hospitais operam acima da capacidade

Felipe Samuel

Emergência do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) opera acima da capacidade

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A superlotação de emergências em hospitais e pronto atendimentos de Porto Alegre e da Região Metropolitana é motivo de preocupação para o Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers). A entidade realiza uma série de vistorias para verificar a situação dos serviços oferecidos no Estado, como segurança, esterilização dos materiais, entre outras coisas. Apesar do alerta do Cremers, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) afirma que não evidencia superlotação generalizada nas emergências e prontos atendimentos do Estado.  

Em Porto Alegre, as emergências adulto dos principais hospitais operavam acima da capacidade. Conforme monitoramento da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), o Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), com 207,14% de lotação, e o Instituto de Cardiologia, com 204,76%, apresentavam a maior taxa de ocupação. A emergência da Santa Casa tinha 162,50% de lotação. Na avaliação do diretor do Departamento de Regulação Estadual da SES, Eduardo Elsade, a procura por unidades de saúde era esperada após a pandemia, mas considera que o atendimento está dentro da normalidade. 

“Não evidenciamos superlotação generalizada nas emergências e prontos atendimentos do Estado. Mesmo que pontualmente, especialmente na Região Metropolitana de Porto Alegre, ocorra maior pressão nas emergências por conta de dificuldades operacionais de alguns municípios, como é o caso de Canoas. A situação na maior parte das regiões do RS está com atendimento dentro da normalidade”, destaca. Conforme Elsade, 2022 tem se mostrado atípico na área hospitalar, o que acarreta em maior pressão nas emergências.

“Vivemos um ano de pós-pandemia onde pacientes que ficaram reclusos por dois anos, agora, estão expostos a contatos com agentes infecciosos novamente. Somam-se a isso os tratamentos que foram postergados e, portanto, agravados, além dos pacientes com sequelas da Covid-19”, completa. 

 


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