Eduardo Leite lança campanha de vacinação bivalente contra Covid-19 no RS
Os municípios começaram a receber o primeiro lote de 32,4 mil doses da vacina bivalente na última sexta-feira
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O governador Eduardo Leite lançou oficialmente a campanha de vacinação bivalente contra a Covid-19 no Estado, nesta terça-feira (14), em cerimônia realizada junto aos 47 idosos residentes no Lar São José, em Canoas. Nesta primeira fase, a imunização é dirigida exclusivamente ao público residente e aos trabalhadores das Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs). Os municípios começaram a receber o primeiro lote de 32,4 mil doses da vacina bivalente na última sexta-feira (10).
Canoas recebeu 1,2 mil doses e começa na quarta-feira (15) a imunização. Esse tipo de imunizante conta com cepas atualizadas contra o coronavírus, incluindo cepas variantes, entes elas, a Ômicron. Para receber a dose, a pessoa precisa ter concluído, pelo menos, o esquema primário da vacinação contra Covid-19, composto pelas duas primeiras doses ou dose única das vacinas monovalentes.
Ignez Simonaio, 87 anos, foi a primeira moradora do local a ser vacinada. “É importantíssimo estar recebendo esta vacina. Todos deveriam se vacinar, pois afasta esta terrível doença. Não dói nada”, disse a simpática senhorinha, sentada na primeira fila, frente às autoridades. Eduardo Leite anunciou que o Rio Grande do Sul antecipa em duas semanas a Campanha da vacinação bivalente frente a campanha nacional, que se inicia só em 27 de fevereiro. “Uma vez que já temos as vacinas em mãos e a capacidade técnica de passá-las adiante, o Rio Grande do Sul inicia a sua campanha para proteger seus idosos. Não teria o porquê esperarmos para proteger o público alvo. Tratam-se de idosos institucionalizados e acolhidos, que precisam estar protegidos da Covid-19 e de suas variantes”, disse. Segundo o governador, Ignez Simonaio é exemplo para inspirar e motivar todo o público alvo desta campanha.
"Todos devem procurar esta proteção, que é resultado do esforço de muita gente, da ciência, de pesquisadores que se dedicaram a desenvolver em tempo recorde a vacina para proteger a população. Valorizemos a ciência, o estudo e todo o processo. A vacina é segura, ela protege do vírus." O governador pediu união. Disse que a vacinação é individual, mas que a campanha é coletiva e que a proteção se dá na medida em que o contingente pessoas protegidas aumenta. "É a partir daí que a gente vence o vírus. Quanto maior a imunização, menos a gente permite que ele se espalhe. Ele perde a capacidade de resistência e de mutação. É coletivamente que venceremos o vírus."
A secretária Estadual de Saúde, Arita Bergmann, comentou que o momento é semelhante ao vivido em 2020, quando deu-se início as primeiras imunizações contra o coronavírus. “A emoção é a mesma. Nosso Estado foi exemplo para o Brasil, com a aplicação da primeira e segunda dose. Fomos os campeões de cobertura vacinal no país. A partir de agora foi dada a largada da vacina bivalente, que é um reforço daquilo que desenvolvemos durante dois anos, mas que ainda precisamos avançar. Essa nova campanha quer dizer Sim Para a Vida.” O prefeito em exercício de Canoas, Nedy Marques, elogiou as estratégias traçadas pelo Governo do Estado no enfrentamento à Covid-19, desde 2020, citando o mapa do distanciamento controlado e disse que, sem dúvidas, a vacina, agora, bivalente, vai continuar a salvar vidas. “Todos esperamos que a Covid-19 venha a ser algo do passado.”
Vacinação biuvalente pela região
São Leopoldo recebeu 462 doses da vacina bivalente contra a Covid-19 e iniciou a aplicação nesta terça-feira (14) dos imunizantes nas Instituições de Longa Permanência para Idosos (LPI´s). "A finalidade principal da bivalente é produzir uma maior proteção contra as variantes Ômicron, que estão em maior circulação. Neste sentido, a vacina bivalente tem demonstrado uma maior eficácia nos estudos, sendo indicada como dose de reforço, não como quinta dose, isso quer dizer que pode ser utilizada em qualquer reforço do esquema vacinal, e não só após a quarta dose", explica a secretária da Saúde Paula Silva. De acordo com a secretária leopoldense, além da garantia de abastecimento, serão necessárias ações de informação e comunicação para que as campanhas tenham efeito, além do comprometimento da sociedade.
"A população precisa ser esclarecida sobre a importância da vacinação e os riscos de adoecimento e morte de pessoas não imunizadas. Precisamos retomar os altos percentuais de proteção", reforça Paula. De acordo com a secretária, a inclusão da vacinação contra Covid-19 no calendário vacinal é de extrema importância por se tornar uma política permanente. "Assim passamos de um cenário de ações emergenciais para um de planejamento a médio e longo prazo, possibilitando uma maior organização e continuidade das ações de prevenção para que possamos não voltar ao isolamento vivido nos anos anteriores".
Novo Hamburgo recebeu um lote com 1.320 doses da vacina bivalente e inicia a imunização contra a Covid-19 a partir de quarta-feira (15) junto às pessoas residentes e trabalhadores de Instituições de Longa Permanência de Idosos (ILPI), conforme estabelecido pelo Ministério da Saúde. Os outros grupos que receberão a vacina bivalente, de acordo com o recebimento de novas doses, serão pessoas com 70 anos ou mais, moradores de abrigos imunocomprometidas, comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas. A vacina, fabricada pela Pfizer, inclui RNAm que codifica a proteína spike da cepa original (ancestral) de SARS-CoV-2 e da B.1.1.529 (Ômicron) e variantes BA.4 e BA.5. Para receber a dose dessa vacina, é preciso que a pessoa tenha o esquema primário inicial de duas doses: D1 e D2 e será necessário respeitar o intervalo de quatro meses. Esse intervalo também deverá ser respeitado caso a pessoa tenha recebido qualquer dose de reforço.