Emergências da Santa Casa e do Clínicas têm atendimento restrito devido superlotação

Emergências da Santa Casa e do Clínicas têm atendimento restrito devido superlotação

Serviços de urgência também operavam acima da capacidade em Porto Alegre

Felipe Samuel

Emergência da Santa Casa, em Porto Alegre, registra superlotação

publicidade

Os serviços de urgência e emergência da Capital seguem operando acima da capacidade nesta sexta-feira. Por conta do aumento da demanda, as emergências da Santa Casa e do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) registravam superlotação e atendiam apenas casos graves. Três das quatro unidades de pronto-atendimento também operavam acima da capacidade. 

Com 24 leitos disponíveis, a emergência da Santa Casa tinha 53 pacientes em observação, o equivalente a 220,83% de lotação. No HCPA, cuja capacidade máxima é de 56 leitos disponíveis, 88 pacientes estavam em observação, o que representava 157,14% de lotação. A emergência do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC) tinha lotação de 117,19%, com 75 pacientes em observação.

No que diz respeito aos serviços de urgência, o Pronto Atendimento da Cruzeiro do Sul (PACS) tinha 258,33% de lotação, com 31 pacientes em observação, mais do que o dobro da capacidade máxima da unidade, que dispõe de 12 leitos. O Pronto Atendimento da Bom Jesus (PABJ) também estava superlotada, com 16 pacientes e 228,57%. Na UPA Moacyr Scliar, que tinha 27 pacientes em observação, a lotação era de 158,82%.  

Em nota, a assessoria da Santa Casa informa que houve aumento dos casos de Covid-19, a “maioria assintomática e sem gravidade”. Na emergência particular e de convênios, o atendimento está normalizado. Conforme a Santa Casa, nesses locais o número de diagnósticos para Covid-19 registrou redução em comparação com a semana anterior. Chefe de Unidade da Emergência do HCPA, Aline Zimmermann de Azambuja afirma que a emergência atende apenas casos graves. 

Diretor técnico do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), Francisco Paz ressalta que a emergência do HNSC operava com capacidade máxima. “Estamos conseguindo administrar sem ter necessidade de restrição nesse momento. Mas isso não quer dizer que não tenha que entrar em restrição se a demanda aumentar nas próximas horas”, afirma. Conforme Paz, os casos verificados na emergência têm patologias variadas, como infecção urinária, infecção respiratória, AVC. 

Sobre a superlotação da UPA Moacyr Scliar, administrada pelo GHC, ele alerta para o aumento do número de pacientes com diagnóstico para a Covid-19. “Isso causa preocupação e pode acarretar em restrição dos atendimentos. Uma parte dos pacientes Covid-19 que estão chegando na UPA precisa de internação hospitalar em hospital de média complexidade. Não estamos conseguindo fazer o fluxo adequado como fazíamos antes”, observa.

 


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895