Fiocruz aponta aumento de casos de síndrome respiratória no RS

Fiocruz aponta aumento de casos de síndrome respiratória no RS

Levantamento aponta crescimento de registros em 19 das 27 unidades federativas 

Correio do Povo / R7

Campanha de imunização contra a gripe terminou em 31 de maio.

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O Rio Grande do Sul está entre os estados brasileiros com aumento de casos Srag (Síndrome Respiratória Aguda Grave). Os dados foram publicados pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) no Boletim InfoGripe, nesta quinta-feira. Além do estado gaúcho outros 18 também apresentam sinais de crescimento ao longo prazo. O estudo da entidade considerou as últimas 6 semanas, até 15 de abril.

Além disso, o RS é um dos nove em que se observa crescimento em diversas das faixas etárias analisadas. Nas crianças, o aumento está associado com vírus sincicial respiratório, fundamentalmente, enquanto o aumento no restante da população é devido majoritariamente à Covid-19, embora também se observe casos associados aos vírus Influenza A e B. 

Embora ainda se observe sinal de crescimento no agregado populacional, já há indícios de redução da taxa de crescimento nas faixas etárias da população adulta, e início de queda entre as crianças. No entanto, se observa tendências distintas entre os vírus associados aos casos em adultos. 

Enquanto os casos associados à Covid-19 sugerem desaceleração, para os vírus Influenza A e B há indício de aumento recente em diversos desses estados, incluindo o Rio Grande do Sul. A instituição afirma que os dados do boletim reforçam a importância de a população aderir em maior número à vacinação contra a Covid-19 e a gripe.

Capitais

O estudo também indica que 17 das 27 capitais apresentam sinal de crescimento da Srag na tendência de longo prazo: Aracaju (SE), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Boa Vista (RR), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA) e Vitória (ES).

Ao analisar as quatro últimas semanas epidemiológicas, os principais tipos de vírus respiratórios identificados foram: Sars-CoV-2 (68,6%), influenza A (12,6%), vírus sincicial respiratório (10,9%) e influenza B (7,9%). Entre os óbitos, a presença dos vírus foi 9,1% para influenza A, 9,1% para influenza B, 6,9% para VSR e 75,0% para Sars-CoV-2 (causador da Covid).

Óbitos

A Fiocruz registrou 2.678 óbitos relacionados aos casos de Srag em 2023 no Brasil. Destes, 1.572 (58,7%) tiveram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 963 (36,0%) negativos e 67 (2,5%) ainda aguardam confirmação. Dos resultados positivos, 85,6% são Sars-CoV-2 (Covid-19), 4,5% são VSR, 4,3% são influenza A e 2,9% são influenza B.


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