Funcionários do Hospital São Camilo, em Esteio, reivindicam pagamento retroativo do piso da enfermagem

Funcionários do Hospital São Camilo, em Esteio, reivindicam pagamento retroativo do piso da enfermagem

Profissionais da saúde questionam a discrepância entre os pagamentos e os critérios sobre a efetivação dos depósitos

Fernanda Bassôa

Direção do Hospital São Camilo informou que a previsão de pagamento é entre o final desta semana e início da próxima

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Profissionais da enfermagem que atuam no Hospital São Camilo em Esteio, atualmente contratados e cujos serviços hoje são gerenciados por uma terceirizada, reclamam que estão com os repasses do piso da enfermagem, retroativo aos meses de outubro, novembro e dezembro, em atraso. Segundo o técnico de enfermagem, Matheus Correa, existe uma discrepância no pagamento dos trabalhadores, bem como falta de critérios.

“Tem funcionários que não receberam os retroativos de maio a setembro. Outros, receberam uma, duas ou todas as parcelas de maio a setembro, mas todos os profissionais da enfermagem, sem exceção, estão com os repasses de outubro, novembro e dezembro, em atraso. Já questionamos a Prefeitura, a direção do hospital e a empresa terceirizada e não temos respostas convincente de quando teremos nosso dinheiro depositado.”

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Vale dos Sinos (Sindisaúde VS), Andrei Rex, diz que se coloca à disposição dos trabalhadores verificar o que está acontecendo, orientá-los e tomar as medidas cabíveis, mas para isso, segundo Rex, o Sindicato tem que ter acesso aos contracheques para que seja feita uma perícia contábil.

A direção do Hospital São Camilo informou que piso da enfermagem é repassado quando o Ministério da Saúde (MS) repassa o valor e a Fundação de Saúde Pública São Camilo de Esteio (Hospital São Camilo) cumpre um processo administrativo, sem uma data específica para o pagamento. O valor em questão foi repassado pelo MS no final do ano de 2023 e a direção está fazendo todos os trâmites administrativos necessários.

Depois que o recurso entra no fundo municipal, faz um aditivo de contrato, uma suplementação de orçamento e após, repassa para a empresa, visto que é um serviço terceirizado pela instituição. Portanto, não há atraso, mas cumprimento de processos. A previsão de pagamento é entre o final dessa semana e início da próxima.

Com relação as diferenças de valores, ou ao não pagamento dessa diferença, a definição é feita pelo Ministério da Saúde e não pela instituição. O prestador do serviço, no caso o IB Saúde, repassa todos dados de valores de vencimentos dos seus servidores – profissionais da enfermagem – e, a partir disso, o MS define o valor a pagar. A Instituição de Saúde, neste caso o Hospital São Camilo, tem a única responsabilidade de repassar o recurso ao prestador de serviço, que efetuará o pagamento aos seus servidores.

Foi feito contato com a direção do IB Saúde, mas não houve sucesso.


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