Governo do RS anuncia futura troca de gestão do Hospital Tramandaí

Governo do RS anuncia futura troca de gestão do Hospital Tramandaí

Estado da prazo de 30 dias para nova gestora assumir emergencialmente até a contratação definitiva de uma nova gestão no segundo semestre do ano

Correio do Povo

Manutenção dos serviços prestados na instituição foi discutida em reunião no Palácio Piratini

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O governo do Estado anunciou nesta sexta-feira que fará a troca da gestão do Hospital Tramandaí. A decisão será pela rescisão com a Fundação Hospitalar Getúlio Vargas (FHGV), atual grupo contratado pela Secretaria da Saúde (SES) para a administração da entidade, que pertence ao Estado. Em um primeiro momento, um novo prestador será contratado de maneira emergencial enquanto se encaminha o processo de chamamento público para a troca efetiva da gestão.

O assunto foi tratado em reunião no Palácio Piratini com a participação do governador em exercício, Gabriel Souza; da secretária da Saúde, Arita Bergmann; e dos prefeitos de Tramandaí e Imbé, Luiz Carlos Gauto e Luis Henrique Vedovato.

A medida visa à manutenção dos serviços prestados, sem prejuízo nos atendimentos, além da reabertura do centro obstétrico atualmente fechado.

“Estamos encaminhando uma solução para a volta do atendimento do centro obstétrico e para a continuidade da assistência aos pacientes que lá são atendidos nas mais diversas áreas. O objetivo é manter o serviço funcionando para os bebês voltarem a nascer no hospital, que inclusive tem uma UTI neonatal que atende recém-nascidos de vários lugares do Rio Grande do Sul”, disse o governador em exercício.

Próximas etapas

O início das tratativas para a transição já deve começar na próxima semana entre SES e FHGV. A expectativa é de um prazo aproximado de 30 dias até uma nova gestora assumir a instituição pelo contrato emergencial.

O segundo passo, da contratação definitiva, deve ter sua conclusão no segundo semestre, por se tratar de um processo de maior complexidade. Nesse período, a relação trabalhista entre a Fundação Getúlio Vargas e os trabalhadores do hospital será acompanhada pelo governo do Estado. A contratação de funcionários se dará por meio de uma nova Pessoa Jurídica que fará a administração da unidade.

“É uma decisão que prioriza a saúde das pessoas, por meio dos serviços públicos que devemos oferecer no hospital, da reabertura do centro obstétrico e da normalidade dos pagamentos aos fornecedores e aos trabalhadores, sejam eles de qualquer setor: médicos, enfermeiros, trabalhadores administrativos, da limpeza e demais”, frisou Gabriel.

“Começamos a ter problemas assistenciais no atendimento à população, por isso se faz necessária a mudança. Precisamos, futuramente, definir com a nova empresa o trabalho de transição”, explicou Arita. “O que gostaríamos de reforçar é que o processo tem de ser feito em conjunto para não fecharmos o hospital. Queremos mantê-lo ativo e ampliar o atendimento.”

Sindicato Médico

O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) vai pedir uma agenda com a secretária de Saúde do RS, Arita Bergmann, para saber mais informações sobre o fim do contrato e solicitar a participação no grupo de transição, sendo que o mesmo assunto será tratado com o prefeito Luiz Carlos Gauto.

“Queremos saber mais informações e acompanhar de perto como vai ser a transição da gestão, uma vez que temos o exemplo recente de Alvorada, que deixou tanto os trabalhadores como a população vulneráveis. Insegurança que refletiu nos colaboradores do Hospital Padre Jeremias, em Cachoeirinha, que passou pelo mesmo processo uma semana depois. O Simers quer o diálogo, pois defende a qualidade nas condições de trabalho para os os médicos e atendimento de qualidade aos pacientes”, destaca diretor-geral do Simers, Fernando Uberti.


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