Governo do RS faz alerta sobre vacinação após caso importado de sarampo em Rio Grande

Governo do RS faz alerta sobre vacinação após caso importado de sarampo em Rio Grande

Vacina que protege contra o sarampo é a tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) e também a tetraviral

Vacina que protege contra o sarampo é a tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) e também a tetraviral

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A Secretaria Estadual de Saúde emitiu em 25 de janeiro alerta após a confirmação de um caso importado de sarampo em uma criança com histórico de viagem familiar a país asiático onde a doença é endêmica. A família reside em Rio Grande, no Sul gaúcho.

A enfermeira Renata Capponi, chefe da Equipe de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Porto Alegre, lembra que a ação mais importante para a proteção de todos é a vacinação, considerando a circulação global de pessoas e situações onde em algumas horas é possível atravessar continentes.

A vacina que protege contra o sarampo é a tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) e também a tetraviral. O imunobiológico é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para a população até 59 anos, de acordo com as indicações do calendário nacional de vacinação de rotina.

O esquema completo consiste em duas doses até 29 anos e uma dose para adultos de 30 a 59 anos. Nas crianças, a vacinação deve ocorrer aos 12 e 15 meses de idade. Profissionais de saúde devem realizar duas doses independentemente da idade. Na Capital, a cobertura desta vacina (calculada a partir das doses feitas em crianças com um ano) é de 94,3%.

Em Porto Alegre, a tríplice viral é oferecida em todas as unidades de saúde. A recomendação é consultar a caderneta de vacinação. “Caso não possua a caderneta, ou não tenha comprovação da dose administrada da vacina, compareça a uma unidade de saúde para verificar a sua condição vacinal”, exalta a enfermeira.

Contagiosa

É uma doença infecciosa aguda, viral, especialmente grave em menores de 5 anos, imunodeprimidos e desnutridos, e extremamente contagiosa, que infecta nove de dez pessoas suscetíveis após exposição ao vírus. É transmitida de forma direta, através de secreções nasofaríngeas ao tossir, espirrar ou falar. Portanto, um caso suspeito deve ficar em isolamento respiratório e fazer uso de máscara cirúrgica desde o momento da triagem nos serviços de saúde.

Situação epidemiológica

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2022, os casos de sarampo aumentaram em 18% e os óbitos em 43% (136.000 mortes estimadas) em relação ao ano anterior. Surtos foram notificados em 37 países. Na região das Américas, em 2023, foram confirmados casos de sarampo no Canadá (12), Chile (1) e Estados Unidos (41).

Nas últimas semanas, vários países emitiram alertas com confirmação de casos de sarampo, nas Américas e na Europa. No Brasil, os últimos casos confirmados foram em 2022, em quatro estados: Rio de Janeiro, Pará, Amapá e São Paulo. No Rio Grande do Sul, os últimos casos confirmados ocorreram em abril de 2020 (total de 37 casos, dos quais seis em Porto Alegre.

Caso suspeito

Indivíduo que, independentemente da idade e situação vacinal, apresente febre e exantema maculopapular acompanhados de um ou mais dos seguintes sintomas: tosse e/ou coriza e /ou conjuntivite. É uma doença de notificação imediata e compulsória para a vigilância epidemiológica municipal.


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