Movimento intenso marca ação de atendimentos de câncer de pele no IAPI, em Porto Alegre
Ambulatório do Centro de Saúde local distribuiu mais de 220 senhas em uma hora e meia

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Centenas de pessoas buscam neste sábado o Ambulatório de Especialidades do Centro de Saúde IAPI, na zona Norte de Porto Alegre, em uma ação da Prefeitura e secção estadual da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD/RS) em alusão ao Dezembro Laranja, mês de conscientização ao câncer de pele. Em uma hora e meia, cerca de 225 senhas já haviam sido distribuídas. Em 2022, na primeira edição, houve cerca de 360 atendimentos.
Equipes estão mobilizadas com foco na investigação deste, que é o tipo mais comum de câncer no país, e inclusive podem passar por cirurgias na hora, em caso de diagnóstico. “Em geral, em Porto Alegre, pacientes com suspeitas já são atendidos pelo dermatologista em menos de 20 dias e as cirurgias pequenas são feitas de 15 a 30 dias, então estamos com uma expectativa de público muito maior do que o ano passado, quando viemos da época de pandemia”, disse a coordenadora da atenção especializada da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Cláudia Loss Reck.
Apesar do fluxo intenso de pessoas, os atendimentos são rápidos e elogiados pela população. Para a médica dermatologista e coordenadora do Dezembro Laranja da SBD/RS, Sabrina Sanvido, a prevenção ao câncer de pele deve ser feita não apenas nas épocas mais quentes do ano, em que a radiação ultravioleta do sol costuma castigar mais a população. “Recomenda-se filtro solar no mínimo fator 30, na praia com reaplicação a cada duas horas e na cidade, a cada quatro horas é o ideal, bem como o uso de roupas protetoras, óculos e tecidos que ventilam melhor a pele”, afirma ela.
De acordo com a médica, o ideal para a população são revisões médicas anuais para investigação, especialmente quem tem pele clara ou teve queimaduras solares em um momento passado. “Também é importante verificar os sinais, pois os tumores de pele são divididos em dois tipos. Os carcinomas, mais comuns, geralmente são feridas, lesões mais vermelhas, brilhantes, bolinhas que sangram e não cicatrizam, em áreas que pegaram sol”, explica Sabrina.
Ela prossegue explicando que, para os melanomas, o segundo tipo e menos comum, existe a regra “ABCDE”, para recordar o que deve chamar a atenção do paciente. “A é assimetria, ou seja, uma lesão que não é ‘redondinha’. O B se refere às bordas, que são irregulares. Também as cores, que no melanoma podem ser mais de duas, preto, marrom, marrom claro, branco, vermelho, azul. E lesões de mais de meio centímetro devem ser inspecionadas. E o mais importante é a evolução. Se a lesão não aumentou há muito tempo, pode-se ficar mais tranquilo. Agora, se ela aumentou muito de uma hora para a outra, deve chamar a atenção”.