Movimento intenso marca ação de atendimentos de câncer de pele no IAPI, em Porto Alegre

Movimento intenso marca ação de atendimentos de câncer de pele no IAPI, em Porto Alegre

Ambulatório do Centro de Saúde local distribuiu mais de 220 senhas em uma hora e meia

Felipe Faleiro

Ação ocorre em parceria entre Prefeitura e Sociedade Brasileira de Dermatologia, secção RS

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Centenas de pessoas buscam neste sábado o Ambulatório de Especialidades do Centro de Saúde IAPI, na zona Norte de Porto Alegre, em uma ação da Prefeitura e secção estadual da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD/RS) em alusão ao Dezembro Laranja, mês de conscientização ao câncer de pele. Em uma hora e meia, cerca de 225 senhas já haviam sido distribuídas. Em 2022, na primeira edição, houve cerca de 360 atendimentos. 

Equipes estão mobilizadas com foco na investigação deste, que é o tipo mais comum de câncer no país, e inclusive podem passar por cirurgias na hora, em caso de diagnóstico. “Em geral, em Porto Alegre, pacientes com suspeitas já são atendidos pelo dermatologista em menos de 20 dias e as cirurgias pequenas são feitas de 15 a 30 dias, então estamos com uma expectativa de público muito maior do que o ano passado, quando viemos da época de pandemia”, disse a coordenadora da atenção especializada da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Cláudia Loss Reck.

Apesar do fluxo intenso de pessoas, os atendimentos são rápidos e elogiados pela população. Para a médica dermatologista e coordenadora do Dezembro Laranja da SBD/RS, Sabrina Sanvido, a prevenção ao câncer de pele deve ser feita não apenas nas épocas mais quentes do ano, em que a radiação ultravioleta do sol costuma castigar mais a população. “Recomenda-se filtro solar no mínimo fator 30, na praia com reaplicação a cada duas horas e na cidade, a cada quatro horas é o ideal, bem como o uso de roupas protetoras, óculos e tecidos que ventilam melhor a pele”, afirma ela.

De acordo com a médica, o ideal para a população são revisões médicas anuais para investigação, especialmente quem tem pele clara ou teve queimaduras solares em um momento passado. “Também é importante verificar os sinais, pois os tumores de pele são divididos em dois tipos. Os carcinomas, mais comuns, geralmente são feridas, lesões mais vermelhas, brilhantes, bolinhas que sangram e não cicatrizam, em áreas que pegaram sol”, explica Sabrina.

Ela prossegue explicando que, para os melanomas, o segundo tipo e menos comum, existe a regra “ABCDE”, para recordar o que deve chamar a atenção do paciente. “A é assimetria, ou seja, uma lesão que não é ‘redondinha’. O B se refere às bordas, que são irregulares. Também as cores, que no melanoma podem ser mais de duas, preto, marrom, marrom claro, branco, vermelho, azul. E lesões de mais de meio centímetro devem ser inspecionadas. E o mais importante é a evolução. Se a lesão não aumentou há muito tempo, pode-se ficar mais tranquilo. Agora, se ela aumentou muito de uma hora para a outra, deve chamar a atenção”.


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