Porto Alegre é a capital com os piores índices de HIV do Brasil

Porto Alegre é a capital com os piores índices de HIV do Brasil

Capital ficou em primeiro no índice composto, valor calculado pelo Ministério da saúde, a partir de outros fatores

Lucas Keske

Taxa de detecção de HIV gera alerta

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O Ministério da Saúde publicou o Boletim Epidemiológico que analisa a situação das cidades, estados e regiões do Brasil, em relação às infecções pelo vírus HIV. No dia Mundial de Prevenção ao vírus, nesta sexta-feira, a Capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, tem muito trabalho e grande alerta pelos riscos da doença. A cidade apresentou os piores números de detecção de HIV de todo o País. O índice composto entre os anos de 2018 e 2022, usa taxas e variações médias de sete outros índices da população. Nele, o Estado do Rio Grande do Sul também se enquadra entre os piores. Veja os índices em que a Capital e o Estado foram destaques negativos:

Mortalidade

Porto Alegre lidera a mortalidade causada em decorrência do HIV por Capital, com resultado (coeficiente padronizado) de 23,8, quase seis vezes o coeficiente nacional (4,1). Já o estado do Rio Grande do Sul, registrou índice de 7,3 mortes a cada 100 mil habitantes em 2022.

Entre 2021 e 2022, a taxa de detecção de aids se elevou em 20 Estados. Em 2022, os estados de Roraima (34,5), Amazonas (32,3), Pará (26,3), Santa Catarina (25,3), Amapá (25,0), Rio Grande do Sul (23,9), Rio de Janeiro (23,3), Mato Grosso do Sul (21,5), Rondônia (20,6) e Mato Grosso (20,5) apresentaram os maiores valores.

HIV em gestantes/ Puérperas

O RS apresenta média de 7,9 gestantes (por 1.000 nascidos vivos) infectadas por HIV, o número é 163% maior que a média nacional, de cerca de 3 gestantes. Mesmo tendo a maior queda notada em 10 anos, a região sul apresenta a maior média nacional de infectadas por HIV. Enquanto a média nacional é de cerca de 3 gestantes (por 1.000 nascidos vivos), a região registrou 5 gestantes. O número é a menor marca registrada pela região, que chegou próximo de registrar uma média de 6 gestantes (por 1.000 nascidos vivos), nos anos de 2016 e 2018.

Crianças expostas ao HIV

Os dados que retratam a quantidade de crianças expostas ao HIV, também são liderados pelo Rio Grande do Sul, sendo a UF que mais notificou casos, com 19,8% do total. O Estado é seguido por São Paulo (14,5%) e Rio de Janeiro (11,0%). 

Detecção entre menores de 5 anos

O Estado também se destacou negativamente em relação às taxas de detecção de aids entre menores de 5 anos (casos por 100 mil habitantes), por UF. O Rio Grande do Sul é o segundo da lista com 4,4 casos, um pouco atrás de Roraima com 4,8 casos. Os números são ainda mais críticos quando as capitais são analisadas, já que Porto Alegre apresentou 13 casos, estando a frente de Florianópolis (10,8) e Recife (5,5).


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