Porto Alegre tem aumento de casos de crianças com SRAG, aponta Fiocruz

Porto Alegre tem aumento de casos de crianças com SRAG, aponta Fiocruz

Crescimento se concentra no público de até 2 anos de idade

Correio do Povo

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A Fiocruz divulgou nesta quinta-feira o novo boletim InfoGripe referente à Semana Epidemiológica (SE) 32, do período de 6 a 12 de agosto. Conforme o levantamento, Porto Alegre é uma das quatro capitais do Brasil que apresentam aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças. 

Em Porto Alegre e Boa Vista (RR), o sinal se concentra nas crianças até 2 anos de idade, com ligeiro aumento na população a partir de 65 anos na capital gaúcha. Já em Natal, a concentração fica nas faixas etárias de 2 a 4 e de 5 a 14 anos de idade, possivelmente ligada ao rinovírus.

Mesmo Porto Alegre apresentando altas nos índices, o Rio Grande do Sul de forma geral não é um dos estados com aumento no número de casos e internações por SRAG nas faixas de 2 a 4 e de 5 a 14 anos de idade. Nesta relação aparecem Espírito Santo, Bahia, Paraná e São Paulo. 

Na situação nacional, há sinal de queda nas ocorrências de SRAG na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e de crescimento na de curto prazo (últimas três semanas). As exceções ficam para o Espírito Santo e Roraima, estados nos quais se percebe um aumento também na tendência de longo prazo.

Há queda nas ocorrências de influenza A e de vírus sincicial respiratório (VSR) na maioria dos estados, mas o boletim faz um alerta para o rinovírus entre as crianças. “Constatamos um aumento no número de novos casos semanais e internações de pessoas de 2 a 4 anos e 5 a 14 anos de idade nos estados do Espírito Santo, Bahia, Paraná e de São Paulo, além de Natal (RN). Os dados laboratoriais sugerem, até o momento, que o crescimento neste grupo esteja associado ao rinovírus, e não à Covid ou ao vírus da influenza”, observa o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes. 

Resultados positivos de vírus respiratórios e óbitos

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de: influenza A (5%); influenza B (2,5%); vírus sincicial respiratório (25,2%); e Sars-CoV-2/Covid-19 (22,3%).

Entre os óbitos, a presença desses mesmos vírus entre os positivos foi de: influenza A (9,2%); influenza B (6,6%); vírus sincicial respiratório (10,5%); e Sars-CoV-2/Covid-19 (52,6%).

Referente ao ano epidemiológico 2023, já foram notificados 121.214 casos de SRAG, sendo 47.134 (38,9%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 59.248 (48,9%) negativos, e ao menos 8.168 (6,7%) aguardando resultado laboratorial. Dados de positividade para semanas recentes estão sujeitos a grandes alterações em atualizações seguintes por conta do fluxo de notificação de casos e inserção do resultado laboratorial associado.

Dentre os casos positivos do ano corrente, 9,2% são influenza A; 4,9% são influenza B; 40,7% são vírus sincicial respiratório (VSR); e 30,6% são Sars-CoV-2 (Covid-19). Nas 4 últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 5% influenza A; 2,5% influenza B; 25,2% vírus sincicial respiratório; e 22,3% Sars-CoV-2 (Covid-19).

Nova variante 

Segundo os dados da Rede Genômica Fiocruz, ainda não houve detecção da variante EG.5 da Covid-19 no Brasil, também chamada de éris. Gomes ressalta que é importante os estados manterem os fluxos de coleta e envio de amostras para manutenção da capacidade de vigilância genômica do Sars-CoV-2 no território nacional.


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