Prefeitura de Caxias do Sul amplia aplicação de inseticida em bairros

Prefeitura de Caxias do Sul amplia aplicação de inseticida em bairros

Município declarou situação de emergência em função da proliferação de focos do mosquito transmissor.

Correio do Povo

O inseticida não impede a proliferação das larvas, matando somente os mosquitos adultos

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A Prefeitura de Caxias, por meio da Vigilância Ambiental em Saúde da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), tem ampliado o trabalho de prevenção e busca de focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Em casos suspeitos ou confirmados da doença, é realizada a aplicação de inseticida, o chamado fumacê. A ação mais recente dos agentes de combate às endemias da Vigilância Ambiental ocorreu na tarde desta quarta-feira, no bairro Colina Sorriso.

O inseticida age para matar o mosquito adulto. Por isso, é fundamental manter os cuidados para evitar a reprodução do inseto (confira abaixo as orientações). Além disso, são realizadas visitas em residências, indústrias, terrenos baldios e obras, ou seja, em qualquer local onde possam ser encontradas larvas do mosquito em água parada. Essa rotina inclui orientação à população e inspeção das áreas.

O uso do fumacê segue protocolos e diretrizes estabelecidos na política pública de saúde, levando em consideração aspectos como segurança ambiental, resistência a inseticidas e monitoramento contínuo da eficácia das intervenções.

Na segunda-feira (25/03), a Prefeitura de Caxias do Sul declarou situação de emergência no município em função da proliferação de focos e enfrentamento da epidemia. A medida foi tomada considerando o grande aumento do número de pontos com o mosquito neste ano: o crescimento é de 200% no comparativo com 2023 e de 300% se forem observados os números de 2022. Caxias tem 420 focos do mosquito e 53 casos de dengue, sendo 16 autóctones (contraídos na cidade) e 37 importados (contraídos fora).

Cuidados

A Secretaria Municipal da Saúde reforça a importância de que a população procure atendimento médico nos serviços de saúde logo nos primeiros sintomas de dengue. Dessa forma, evita-se o agravamento da doença e a possível evolução para óbito. Principais sintomas: febre alta (39°C a 40°C), com duração de dois a sete dias; dor retro-orbital (atrás dos olhos); dor de cabeça; dor no corpo; dor nas articulações; mal-estar geral; náusea; vômito; diarreia; e manchas vermelhas na pele, com ou sem coceira.

Prevenção

Medidas de prevenção à proliferação e circulação do mosquito, com a limpeza e revisão das áreas interna e externa das residências ou apartamentos e eliminação dos objetos com água parada são ações que impedem o inseto de nascer, cortando o ciclo de vida na fase aquática. O uso de repelente também é recomendado para maior proteção individual.

No Estado

Até o fim da manhã desta quarta-feira, o Painel de Casos de Dengue RS registrava 67.240 notificações e 34.434 casos confirmados de dengue no Rio Grande do Sul, sendo 466 dos 497 municípios infestados. Desde o início do ano foram registrados 42 óbitos no Estado. As cidades com maior registro de casos fatais são São Leopoldo (5), seguida por Novo Hamburgo e Tenente Portela (4 cada).


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