Prefeitura de Porto Alegre aplica inseticida em ruas do bairro São João
O objetivo é diminuir a infestação de mosquitos Aedes aegypti adultos no perímetro devido à confirmação de casos de dengue no bairro
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A Secretaria de Saúde de Porto Alegre realizou operação de bloqueio químico, com aplicação de inseticida, em ruas do bairro São João, nesta segunda-feira. A ação teve como objetivo diminuir a infestação de mosquitos Aedes aegypti adultos no perímetro devido à confirmação de casos de dengue no bairro, um dos que apresentam maior ocorrência de doença em 2024 até o início de março. A Secretaria de Saúde não realiza atividades de desinsetização ou de controle de mosquitos na cidade.
De acordo com dados da secretaria de Saúde já foram notificados 5.368 casos suspeitos de dengue à vigilância epidemiológica de Porto Alegre, dentre os quais 434 casos foram confirmados na cidade.
As pulverizações são feitas a partir de avaliação técnica da Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS), que coordena o trabalho de campo, e têm o objetivo de interromper ou diminuir a transmissão viral em regiões com transmissão viral confirmada.
A médica veterinária Gabriela Santiago, que coordena a equipe de campo, explica as características do inseticida, que é diferente do produto utilizado no trabalho em anos anteriores, quando a aplicação deixava uma “bruma” no ar.
O produto atual, indicado pelo Ministério da Saúde e distribuído aos municípios pela Secretaria Estadual de Saúde, é invisível. Ele deixa um aroma mentolado no local da pulverização.
A médica veterinária salienta, ainda, que aplicação de inseticida elimina os mosquitos adultos que estão voando no momento da aplicação, não elimina ovos e larvas.
Andrea Mollmann mora há três anos no bairro e ainda está se recuperando da dengue. Ela afirma que essas ações são fundamentais e que mesmo usando repelente e colocando telas em casa, não conseguiu ficar imune ao mosquito.
"Estou muito preocupada com a dengue. Meu marido e eu pegamos dengue. É uma doença severa. A gente passou mal. Aqui na vizinhança tem muitos casos”, revelou.
Outra moradora do bairro elogiou as ações de prevenção que estão sendo realizadas, mas alertou para as casas fechadas que estão para alugar. “Elas são focos de mosquito, tem casas com piscina, tem água nos vasos e as imobiliárias não fazem nada”, desabafou.
