Prefeitura de Porto Alegre vai investir R$ 55 milhões para reduzir fila de espera na saúde

Prefeitura de Porto Alegre vai investir R$ 55 milhões para reduzir fila de espera na saúde

Valor será aportado em 12 hospitais e também servirá para compra de 400 equipamentos médicos, construção de duas unidades e reforma de uma terceira

Felipe Faleiro

Ritter detalhou projeto nesta quarta-feira, na Associação Hospitalar Vila Nova

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A Prefeitura de Porto Alegre apresentou, nesta quarta-feira, um programa de redução de filas para exames, consultas e cirurgias, assim como a compra de novos equipamentos para hospitais próprios e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e qualificação de unidades de saúde. O Agiliza Saúde terá investimento de R$ 55,6 milhões, dos quais R$ 14 milhões serão para eliminar 81,7% da demanda atual para atendimentos médicos, R$ 28,5 milhões na aquisição dos materiais e R$ 13,1 milhões na construção de duas unidades e reforma de uma terceira.

O anúncio ocorreu na Associação Hospitalar Vila Nova (AHVN), com a presença do prefeito Sebastião Melo, do secretário Municipal de Saúde (SMS), Fernando Ritter, autoridades e gestores de todos os hospitais parceiros. Para viabilizar o programa, Melo disse que o valor foi retirado de sobras da arrecadação de impostos, além de recursos que haviam sido encaminhados para outras pastas da gestão, mas não eram utilizados.

Ao todo, o Agiliza Saúde será feito em 12 unidades, com prazo inicial até dezembro e monitoramento semanal. Além do AHVN/Unidade Santa Marta, há ainda os hospitais da Restinga/Extremo Sul, Banco de Olhos, Independência, São Lucas da PUCRS, Nossa Senhora da Conceição, Cristo Redentor, Fêmina, da Criança Conceição, Materno Infantil Presidente Vargas, mais a Santa Casa de Misericórdia e Instituto de Cardiologia. A ideia é que, até lá, sejam feitos 22.230 atendimentos da fila de 27.210 hoje na Capital.

“Garantiremos a redução de 81,7% da fila do total de especialidades como oftalmologia adulto e pediátrica, urologia/vasectomia, dermatologia, cirurgias de pequeno porte, além de exames como ressonância magnética. O Agiliza Saúde vem para ficar em Porto Alegre”, afirmou Ritter. Para viabilizar o programa, a Prefeitura explicou que houve conversas ao longo de 45 dias, além de readequação nas escalas de profissionais e ampliação de horários de atendimento, inclusive aos finais de semana e à noite.

“Continuamos os contratos com todos os prestadores, e o Agiliza Saúde é uma ação extra. Vai reduzir imensamente o tempo de espera. Levamos a proposta aos hospitais e eles avaliaram, por meio de estudos, o que poderiam fazer a mais para ampliar os atendimentos”, salientou o secretário. Por exemplo, na dermatologia, a fila é de 5.811 procedimentos, e destes, 2.200 serão cobertos pelo programa. Os demais poderão ser incluídos em um outro momento. A fila de pequenas cirurgias é de 4.027 em Porto Alegre, e a cobertura será maior, de 4.320. O número além ficará como cobertura extra, para o caso de novas necessidades, que já serão pagas pela gestão municipal.

Além disto, serão comprados 400 novos equipamentos, como dez monitores de sinais vitais, um tomógrafo de 64 canais, três aparelhos de ecografia e quatro mesas cirúrgicas para o Hospital de Pronto Socorro (HPS), um tomógrafo de 32 canais, um raio-X móvel, cinco desfibriladores e cinco turbinas de ventilador portátil para o Presidente Vargas, além de um compressor torácico, seis camas elétricas e um ultrassom portátil ao Pronto Atendimento da Cruzeiro. Também serão construídas as unidades de saúde Jardim Leopoldina, no bairro Rubem Berta, e Coimma, no Jardim Itu Sabará. A unidade de saúde Tronco, no Santa Tereza, será reformado.

Pacientes da Capital agora também serão avisados pelo celular sobre o agendamento de consultas, já que as faltas chegam a 13% do total atualmente. Quem tem atendimento marcado receberá três mensagens, uma no momento em que agenda, outro quatro dias antes, período este em que a consulta poderá ser cancelada, e outra na véspera. Caso não possa comparecer até um dia antes, a pessoa deve avisar ao posto de saúde mais próximo para remarcação.

“Vamos continuar qualificando os serviços aos cidadãos e avançando na missão de fortalecer a rede pública na cidade. É uma força-tarefa em serviços essenciais da saúde para atender os porto-alegrenses que mais precisam. Estamos fazendo a nossa parte em uma das áreas prioritárias da gestão e vamos seguir fortalecendo a rede pública da cidade. Temos recursos para contratar um pouco mais do que os hospitais ofereceram. Então, o que foi oferecido, vamos pagar tudo”, comentou Melo.


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