Prefeitura oficializa interesse na compra do hospital de Viamão pelo valor de R$ 24 milhões

Prefeitura oficializa interesse na compra do hospital de Viamão pelo valor de R$ 24 milhões

Para efetuar a compra, o Executivo utilizará financiamento com participação do Estado, através de projeto de lei autorizativo que já tramita na Câmara de Vereadores

Fernanda Bassôa

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O prefeito de Viamão, Nilton Magalhães oficializou a oferta de compra do Hospital Viamão por R$ 24 milhões. A proposta foi entregue aos diretores da Fundação Universitária de Cardiologia (FUC), em reunião do Mediar na última terça-feira, na sede do Ministério Público, com a participação da secretária estadual de Saúde, Anita Bergmann. A oferta está sendo analisada pela direção do Cardiologia, junto aos gestores da recuperação judicial.

Para efetuar a compra, o Executivo de Viamão utilizará financiamento com participação do Governo do Estado, através de projeto de lei autorizativo que já está em tramitação na Câmara de Vereadores. A proposta da Prefeitura inclui a garantia do pagamento dos direitos dos atuais funcionários do Hospital Viamão, numa futura rescisão de contrato.

O tesoureiro do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado (Sindisaúde-RS), Arlindo Ritter, informou que os trabalhadores do hospital seguem em estado de greve. “Uma greve total não foi deflagrada na instituição de saúde porque o Governo do Estado garantiu recursos por mais 45 dias para manter abertos os serviços de emergência e de saúde mental. Entretanto, se o hospital, de fato for vendido, não haverá verba suficiente para quitar as verbas rescisórias de todos os trabalhadores, que neste caso não serão apenas 200 e sim 650.”

O presidente do Sindisaúde-RS, Júlio Jesien, disse que o valor total das rescisórias dos trabalhadores de Viamão foi calculado em R$ 24 milhões. “Temos muitas preocupações diante dessa informação da venda do hospital. Primeiro porque há processos trabalhistas em andamento que precisam de uma solução. Segundo, porque o Cardiologia está em recuperação judicial e, neste caso, qualquer valor que entrar o destino dele precisa ser definido por uma assembleia de credores. Ou seja, não há garantia de que valores da recuperação judicial serão encaminhados para os trabalhadores.”

Além disso, segundo Jesien, a Prefeitura tem que fazer processo de licitação para contratar novo administrador para o hospital e enquanto isso, a população pode ficar durante um intervalo de tempo sem qualquer tipo de atendimento. “Temos muitas perguntas sem respostas.” Uma passeata a favor do hospital e dos trabalhadores está programada para acontecer no próximo dia 17 de abril, às 14 horas. Procurada para se manifestar, a Fundação Universitária de Cardiologia (FUC) informou que não foi oficialmente informada pela Prefeitura de Viamão.


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