Rolê da vacina inicia em Porto Alegre

Rolê da vacina inicia em Porto Alegre

A ação tem como ênfase a proteção de adolescentes contra o vírus HPV, que pode causar câncer

Correio do Povo

A cobertura de vacinação contra o HPV no RS está baixa

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O rolê das vacinas começou nesta segunda-feira, em Porto Alegre. A ação teve início no colégio Estadual Engenheiro Ildo Meneghetti, na Restinga, e tem como ênfase a proteção de adolescentes contra o vírus HPV, que pode causar câncer.

A ação é feita em parceria com o Instituto de Governança e Controle do Câncer (IGCC). A abertura do roteiro de vacinação contou com a presença da secretária estadual adjunta da Saúde, Ana Costa, do prefeito Sebastião Melo e dos secretários municipais de Saúde, Fernando Ritter, e Educação, José Paulo da Rosa.

A secretária estadual adjunta da Saúde, Ana Costa declarou que a ação realizada pela prefeitura da capital é muito eficaz e destacou que é possível erradicar o câncer com as vacinas e exames preventivos.

“É uma estratégia muito potente porque aproxima a possibilidade de vacinação e de prevenção contra o câncer, por exemplo, no caso da vacina do HPV, das crianças, dos jovens e das suas famílias”.

O rolê da vacina soma-se ao Imuniza Escola, do Governo do Estado, no sentido de fortalecer as ações para resgatar as altas coberturas vacinais de crianças e adolescentes, sensibilizando e mobilizando escolas e equipes de saúde para promover a vacinação. A secretária adjunta ainda ressaltou que Estado conta com cruzamento de dados de matrículas e de vacinação para ajudar o município a detectar e a buscar ativamente os jovens.

O secretário municipal de Saúde reforçou que a vacina contra o HPV previne o câncer de colo de útero e é indicada para meninas e meninos, sendo que primeira dose deve ser feita dos 9 aos 14 anos e a segunda precisa ter no mínimo seis meses de intervalo da primeira, podendo ser feita em qualquer idade. “É a única vacina que previne o câncer. É muito mais caro tratar do que prevenir, então o nosso recado é simples: vacine-se”, sintetizou Ritter.

Cobertura baixa no Estado

O câncer do colo do útero é um importante problema de saúde pública, devido à alta incidência e também à mortalidade, especialmente nos países em desenvolvimento. O HPV ainda está associado a outros tipos de cânceres, tanto em mulheres como em homens.

De acordo com dados do Imuniza Escola, as coberturas vacinais para o HPV estão baixas.

Dos 51,3 mil alunos matriculados na rede pública estadual aptos a receber a imunização, apenas 26,4 mil ou 51,44% aplicaram a primeira dose e 15,2 mil ou 29,63% têm a segunda aplicação. Ou seja, 48,56% dos alunos ainda não receberam a primeira dose da vacina.

Além da ação nas escolas, que será realizada ao longo de todo o ano, a vacina está disponível nas unidades de saúde de Porto Alegre.


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