RS registra aumento de casos de Covid em adultos, aponta boletim da Fiocruz

RS registra aumento de casos de Covid em adultos, aponta boletim da Fiocruz

Coordenador do InfoGripe destacou que ritmo de internações pela doença tem sido menos do que em momentos anteriores devido principalmente à vacinação

Correio do Povo

RS vive crescimento expressivo de casos de Covid-19

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O Rio Grande do Sul é um dos estados brasileiros com crescimento de casos de Covid-19 nas faixas etárias da população adulta, segundo o novo Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta segunda-feira. O mesmo ocorre no Paraná (PR), Santa Catarina (SC) e São Paulo (SP). A análise é referente à Semana Epidemiológica (SE) 42, período de 15 a 21 de outubro.

Em Minas Gerais (MG) e Mato Grosso do Sul (MS), há sinal de aumento lento nas ocorrências de Síndrome Respiratórias Aguda Grave (SRAG) positivos para Sars-CoV-2 na população de idade avançada, porém sem reflexo de aumento no total de SRAG nesse grupo etário. Por outro lado, o Distrito Federal (DF), Goiás (GO) e Rio de Janeiro (RJ), que apresentaram alerta de crescimento em boletins anteriores, já se observa indícios de interrupção do aumento de casos. 

O pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, afirma que o crescimento em São Paulo é o preocupante pelo ritmo mais acentuado que nos demais estados. Porém, destaca Gomes, em termos de volume, os casos semanais ainda se mantém abaixo  do pico do primeiro semestre e apresentando um ritmo mais lento.

No cenário nacional, verifica-se estabilidade ou oscilação nos casos de SRAG em crianças e adolescentes. Na população adulta, principalmente a partir de 65 anos, no entanto, observa-se manutenção de lento aumento. O crescimento dos casos de SRAG nessa faixa etária é reflexo do aumento dos casos positivos para Covid-19, a partir do mês de setembro, especialmente no Sudeste, Sul e Centro-Oeste. 

"Felizmente, o volume e o ritmo de crescimento de internações por Covid-19 tem sido menor do que em momentos anteriores; mas é importante lembrar que isso se deve principalmente à vacinação. Portanto, é fundamental que a população esteja em dia com as recomendações atuais, de acordo com sua faixa etária e condição de saúde. A bivalente já está disponível para toda a população a partir dos 12 anos de idade, por exemplo. A vacina continua sendo nossa principal ferramenta para manter o risco de internação relativamente baixo", destacou Gomes.

Porto Alegre e mais cinco capitais registram aumento de casos

Entre as capitais, seis registram aumento de casos de Covid-19: Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio Branco (AC) e São Paulo (SP). Em Curitiba, Porto Alegre e São Paulo, esse crescimento é observado principalmente na população de idade avançada. O aumento de ocorrências de Covid-19 se mantém lento na capital gaúcha e é inicial na paranaense. No Rio de Janeiro e plano piloto e arredores de Brasília, já se verifica interrupção do crescimento. Em Florianópolis, Recife e Rio Branco, o indício de aumento ainda é condizente com oscilação.

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de 1,7% para influenza A; 0,4% para influenza B; 8,3% para vírus sincicial respiratório (VSR); e 58,4% para Sars-CoV-2 (Covid-19). Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 1,1% para influenza A; 0% para influenza B; 0,5% para VSR; e 81,4% para Sars-CoV-2 (Covid-19). 

Casos de SRAG no país

Independentemente de presença de febre, os casos notificados de SRAG sinalizam crescimento na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e de estabilidade na de curto prazo (últimas três semanas).

Referente ao ano epidemiológico 2023, já foram notificados 157.526 casos de SRAG, sendo 61.626 (39,1%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 79.632 (50,6%) negativos, e ao menos 7.938 (5,0%) aguardando resultado laboratorial. 

Dentre os casos positivos do ano corrente, 8% são influenza A; 4,2% influenza B; 36,8% VSR; e 31,5% Sars-CoV-2 (Covid-19). Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 1,7% para influenza A; 0,4% para influenza B; 8,3% para VSR; e 58,4% para Sars-CoV-2 (Covid-19).


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