Saúde de Caxias do Sul realiza mais de 134 mil inspeções de combate ao mosquito da dengue em 2023

Saúde de Caxias do Sul realiza mais de 134 mil inspeções de combate ao mosquito da dengue em 2023

Ano encerrou com 757 focos do Aedes aegypti identificados e bloqueados

Correio do Povo

Grande número de visitas realizadas no ano se reflete no resultado final de focos do mosquito identificados, 757, e bloqueados pela Vigilância

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A Vigilância Ambiental em Saúde, ligada à Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Caxias do Sul, realizou em 2023 um total de 134.046 visitas de inspeção para combate ao mosquito transmissor dengue. Apesar do alto índice de chuvas, que prejudica o trabalho de campo, o número foi superior a 2022, quando foram realizadas 130.307 visitas.

O grande número de visitas realizadas reflete no resultado final de focos do mosquito identificados e bloqueados pela Vigilância, foram 757, em todas as regiões da cidade. Na grande maioria, esses focos foram encontrados em locais para armazenamento de água, como caixas de água não tampadas ou mal fechadas, baldes, bombonas abertas, bacias e outros recipientes.

Do total de inspeções realizadas, 97.806 ocorreram no trabalho de rotina realizado em moradias, comércios e outros estabelecimentos. Outras 31.894 ocorreram em quatro edições do Levantamento Rápido de Índice de Infestação (LIRAa), realizado em diferentes momentos do ano e que abrange todas as regiões da cidade, por meio de visitas em quarteirões definidos aleatoriamente em um sistema de computador. Além disso, foram feitas mais 4.346 inspeções em 197 pontos estratégicos que são monitorados quinzenalmente por apresentarem alto risco de formarem criadouros, como floriculturas, borracharias, cemitérios, ferros-velhos e outros.

Em todas essas visitas os agentes de combate às endemias conversam com a população para orientar e esclarecer sobre os cuidados para evitar a proliferação do mosquito e ainda realizam a inspeção dos locais em busca de pontos com água parada. Além das ações mencionadas, o combate à dengue inclui os bloqueios de caso, adotados sempre que há suspeita ou confirmação de dengue.

Nessas situações a Vigilância atua na região de moradia do paciente, com visitas de orientação e controle mecânico (eliminação da água parada ou do recipiente) e também aplicação de inseticida larvicida (elimina o mosquito em fase de larva) e inseticida adulticida (atua para atingir o Aedes aegypti já adulto). Em todo o ano passado foram 54 ações de bloqueio, incluindo de casos suspeitos de zika e de chikungunya.

Todos os materiais recolhidos nas visitas, sejam mosquitos adultos, larvas ou pupas, são analisados no laboratório da Vigilância Ambiental para identificação do Aedes aegypti. Em 2023, a Vigilância realizou a análise de 2.749 amostras.

Apesar do número elevado de ações realizadas pela Vigilância, a SMS mantém a orientação para que a população faça a verificação nas moradias e ambientes de trabalho em busca de quaisquer locais que estejam acumulando água, afinal de contas, o mosquito deposita seus ovos principalmente em água limpa e é necessário esforço conjunto para esse combate.

“A Vigilância Ambiental em Saúde alerta a população para que mantenha os cuidados, principalmente nesse período do ano em que as temperaturas estão mais elevadas e temos chuvas constantes. Essas condições são propícias para a proliferação do Aedes aegypti. Então os cuidados têm que incluir: após as chuvas, verificar se tem recipientes no pátio, no entorno das residências, que possam estar acumulando água parada, pneus abandonados, caixas de coletas de água da chuva, se elas têm telas, estão bem vedadas, se as caixas de reservatórios de água de consumo são bem vedadas... Verificar os locais onde possa ter água parada ou água acumulada da chuva, pois esses são os locais onde o Aedes aegypti vai colocar os seus ovos e ali vai estar se proliferando o mosquito, que é o vetor da dengue zika e chikungunya”, destacou Adriana Rhoden, médica veterinária da Vigilância Ambiental em Saúde.

Em todo o ano passado foram registrados quatro casos de pessoas que contraíram dengue em Caxias (casos autóctones). Outras 37 pessoas viajaram e voltaram para Caxias com dengue, casos que também são contabilizados, pois essas pessoas, enquanto estão doentes, podem transmitir a doença caso sejam picadas. Todas estão curadas.


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