Secretaria de Saúde de Uruguaiana alerta para a rápida evolução do quadro da dengue no município

Em Uruguaiana, apenas nas últimas 24 horas, houve oito novos casos de dengue na área urbana, sete autóctones (adquiridos dentro da própria cidade) e um importado.

Foram infectados pelo vírus cinco pacientes do sexo feminino, sendo de 24, 34, 53, 58 e 75 anos respectivamente. E três homens – de 28, 65 e 75 anos. Metade dos casos detectados no bairro São Miguel.

Até o momento, há 83 casos confirmados na cidade (73 autóctones e 10 importados), outros 120 em investigação junto ao Lacen - Laboratório Central do RS e 175 descartados – do total de 378 notificações, desde o início do ano. O índice supera todo o ano de 2023 em 145%, quando foram apontados 34 casos positivos.

Há três pessoas internadas na Santa Casa de Caridade pela enfermidade e outras três ainda sem confirmação, sob observação e exames.

O maior volume mantém-se na faixa etária entre os 30 e 49 anos de idade, principalmente, entre as mulheres, sem que haja explicação científica para a incidência relatam os infectologistas.

“Confirma-se a projeção que havia sido feita pela Secretaria Estadual da Saúde (SES). O traçado de curva apontando que experimentaríamos uma explosão de casos neste período endêmico”, constata a secretária de Saúde, Suziele Pivetta.

O município encontra-se sob decreto de situação de emergência em saúde públicas e toma-se todas as medidas preventivas possíveis para conter o alastramento do mosquito e seus focos, reitera Suziele.

“Até a primeira quinzena de maio a tendência é de aumento exponencial de casos. No ano passado, em junho ainda aconteceram registros da doença. Não podemos tratar com naturalidade o quadro em evolução. A situação é realmente grave”, complementa Suziele.

Conforme a 10ª Coordenadoria Regional de Saúde, há em São Gabriel 29 casos positivos, Sant’Ana do Livramento 20 entre eles o registro de um óbito, Alegrete 12, Itaqui 7, Quaraí 13 e 1 de Zika importado, Maçambará 1 e Rosário do Sul também 1.

Em Uruguaiana os bairros Nova Esperança, Santo Inácio, São João, Ipiranga, Centro e agora São Miguel anotam os maiores percentuais.

Todas as áreas em que há positivações, os 55 Agentes de Combate a Endemias (ACEs), de pronto, pulverizam ao menos 150 metros do entorno onde houve a confirmação do caso e 15 dias depois uma segunda etapa da fumigação acontece no mesmo perímetro.

Além dos bairros de maior quantidade de notificações e identificações do mal. Também acontecem visitações e limpeza das zonas com registros que a cada dia aumentam mais.