Serviços de urgência e emergência seguem operando acima da capacidade em Porto Alegre

Serviços de urgência e emergência seguem operando acima da capacidade em Porto Alegre

Emergências do Instituto de Cardiologia, Santa Casa e Hospital de Clínicas apresentam superlotação

Felipe Samuel

Hospital de Clínicas da Capital mantém atendimento restrito por superlotação

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As principais emergências e Unidades de Pronto Atendimento (UPA) operavam acima da capacidade nesta nesta quarta-feira em Porto Alegre. Com 41 pacientes internados, a emergência do Instituto de Cardiologia (IC) registrava 195,24% de ocupação. O cenário era semelhante nas emergências da Santa Casa, que tinha 45 pacientes em observação e 187,50%, e do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), onde 103 pacientes estavam internados, o equivalente a 183,93%. Apesar da rotina de superlotação, o secretário municipal de Saúde, Mauro Sparta, garante que os casos de Covid-19 em novembro são inferiores aos do mês anterior. 

Mesmo com a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que determinou o retorno da obrigatoriedade do uso de máscaras em aeroportos e aeronaves, por ora, a prefeitura descarta a obrigatoriedade do uso do equipamento. “A gente recomenda o uso de máscaras em locais fechados, principalmente em áreas de saúde, mas é uma recomendação forte, não é uma obrigação ainda. Agora se houver necessidade, se notarmos aumento, não teremos dúvida nenhuma em fazer uma manifestação mais forte nesse sentido”, garante.

De acordo com Sparta, a lotação das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) decorre das internações por conta de outras patologias e do atendimento de pacientes que moram na Região Metropolitana. “Em Porto Alegre, os índices de Covid-19 não aumentaram tanto assim como em São Paulo e algumas outras capitais. Estamos monitorando todas as capitais do país e monitorando a nossa cidade, as nossas emergências. Os números que temos de Covid-19 em novembro são menores do que os de outubro. Então a gente não está vendo esse crescimento aqui, está estabilizado na baixa. Estamos monitorando diariamente isso”, afirma.

Sparta reconhece que algumas emergências ultrapassam 100% de lotação. “A questão das emergências está sob controle. (Na UPA Moacyr Scliar) Recebemos muitos pacientes de Alvorada, Gravataí, Cachoeirinha, porque aquela região tem um terminal de ônibus”, ressalta, acrescentando que o local sempre opera com alta lotação. “Cerca de 45% dos pacientes que aqui chegam não são de Porto Alegre. E estamos suportando isso daí até que a rede da Região Metropolitana se reorganize”, garante. 

Para reduzir a ocupação das UPAs, o secretário mantém diálogo com a Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal) e a Secretaria Estadual de Saúde (SES). “A gente tem conversado muito no sentido de ver se a gente consegue novamente reconstruir aquele cinturão de saúde que havia no passado”, frisa.


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