Sindisaúde/RS questiona prefeitura de Porto Alegre sobre o repasse dos valores referentes ao piso da enfermagem
O sindicato destaca que o dinheiro parado na conta do município não rende juros para os trabalhadores
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Em um ato realizado na frente do prédio administrativo da Prefeitura de Porto Alegre, na manhã desta quarta-feira, o Sindisaúde/RS questionou o prefeito Sebastião Melo sobre o repasse dos valores referentes ao piso da enfermagem.
De acordo com o Sindisaúde/RS, os recursos pertinentes foram recebidos em janeiro, mas até agora o repasse não foi realizado pelo executivo municipal. O presidente do Sindisaúde/RS, Julio Jesien, expressou insatisfação com a demora na transferência de verbas para os enfermeiros. Ele destacou que o processo, iniciado em setembro do ano passado, ainda não foi concluído, enquanto o Estado do Rio Grande do Sul fez a transferência para mais de cem hospitais.
“Para nós o ideal seria que o prefeito Melo tomasse conhecimento, se é que não tem conhecimento ainda, desta lentidão que é o processo de transferência dos valores. Só para você ter uma ideia, desde que começou o processo em setembro do ano passado, o Estado do Rio Grande do Sul se organizou e no prazo de 10 dias para 157 hospitais, ele consegue transferir em 10 dias. E a gente está falando do município de Porto Alegre, por exemplo, que tem dinheiro de dezembro que não chegou para os trabalhadores agora no final de janeiro”, disse.
O presidente aponta ainda que o problema reside na lentidão da tramitação burocrática no município, onde há valores parados nas contas, enquanto os trabalhadores aguardam. Ele pontuou que a troca de sistema também contribuiu para a paralisação dos pagamentos e que em janeiro, o município tinha R$ 10 milhões parados em suas contas, sem render juros para os trabalhadores.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde reforçou que o pagamento em relação ao piso da enfermagem é de responsabilidade do governo federal e os recursos são utilizados pela gestão no complemento da folha de pagamento dos profissionais da categoria.
A secretaria ainda informou que está sendo realizado uma força-tarefa para analisar uma solução definitiva para facilitar o repasse.
“É importante destacar que o município sempre esteve aberto ao diálogo com a categoria. No momento, uma força-tarefa da SMS se debruça para analisar prioritariamente uma solução definitiva para facilitar o repasse da assistência financeira complementar o mais rápido possível, tendo em vista contratempos enfrentados com a mudança de sistema de pagamento”, complementa a nota.