Situação da Dengue se agrava nas duas maiores cidades da zona sul

Situação da Dengue se agrava nas duas maiores cidades da zona sul

Somente em Pelotas e Rio Grande são ao todo 168 casos confirmados

Angélica Silveira

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A dengue segue presente na região. A cada semana cresce o número de casos da doença transmitida pelo mosquito aedes aegypti. Em Pelotas, são 121 casos confirmados, até o último dia 12. Número bem maior que os 34 pacientes que tiveram dengue em todo o ano de 2023.

As notificações também já ultrapassaram as do ano passado. Em 2023 foram 216 e neste ano 745. O número de focos também é grande, mas ainda está longe dos registrados no ano passado. Até o último dia 12 foram 366 focos ( sendo 82 neste mês). Em 2023 foram 722 focos, sendo 133 durante todo o mês de abril. Os locais com maior incidência são os bairros Fragata, com 47,8% e Três Vendas, com 18,03%.

A Prefeitura vem realizando um mutirão contra a Dengue nos bairros, orientando a população sobre a importância de evitar a proliferação do mosquito transmissor, com agentes da Secretaria Municipal de Saúde e apoio do Exército Brasileiro. Após a orientação, funcionários ligados a Secretaria de Serviços Urbanos e Infraestrutura realizam o Bota-Fora contra a Dengue.

O Mutirão contra a Dengue já teve cinco edições, passando pelos bairros Fragata, Simões Lopes, Santa Terezinha e Dunas, que nesta segunda-feira recebe o Bota-Fora, a partir das 8h. A ação ocorre dentro do perímetro entre as ruas 12, 29 e 20 e a Avenida Manoel Antônio Peres.

Rio Grande

Em Rio Grande também os números cresceram bastante se comparados o ano de 2023 aos primeiros meses deste ano. São 37 casos de dengue confirmados. Destes 14 são autóctones (contraídos em Rio Grande) e 23 importados. Segundo a coordenadora da Vigilância Ambiental no município, Márcia Pons, no momento há 47 focos de aedes aegypti na cidade. Os locais onde há maior incidência são o distrito industrial, a Vila da Quinta e a área do aeroporto. "Ano passado todo a quantidade de notificações foi a mesma que tivemos até o início de março deste ano (75). Já em 2024 o número chega a 328", compara.

Márcia lembra que neste ano a previsão que o pico do problema com a dengue ocorreria até 15 de abril, nesta segunda-feira. "Tivemos um verão mais quente e prolongado, o que é uma questão que interfere na proliferação do mosquito. E o crescimento em todo o país de casos também interfere aqui. Acreditamos que esta suba deve se manter número elevado até maio, pois há muitos exames represados, ainda sem resultado", justifica

Em Rio Grande, o número de pessoas que aguardam o resultado para exame de dengue é de 145. . "Pedimos as pessoas que façam sua parte. Trabalhamos três dias de mutirão no bairro são Miguel por exemplo e foram 7,5 toneladas de lixo retiradas", exemplifica. Ela enfatiza que cada um faça a sua parte, pois a luta é de todos. "O aumento no número de mosquitos ocorre, pois, a fêmea do aedes encontra locais apropriados para colocar os ovos e ela pode colocar até 150 que vão gerar novos mosquitos. O importante para o combate é não deixar água parada de forma alguma, manter ambientes limpos e sem criadouros para o aedes", finaliza.


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