Veja os cuidados com cães e gatos com a chegada do frio

Veja os cuidados com cães e gatos com a chegada do frio

Filhotes e animais mais velhos requerem atenção redobrada, alerta especialista

Correio do Povo

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A chegada das baixas temperaturas reforça a necessidade de alguns cuidados especiais em relação aos pets para protegê-los do frio. Do uso de roupas para os bichinhos até a vacinação, os tutores precisam redobrar a atenção no período, principalmente com os animais mais velhos ou filhotes, que sentem mais a mudança no tempo.

Assim como nos humanos, a temporada mais fria propicia a disseminação de doenças respiratórias, como a gripe, também para os animais domésticos. “Essa época favorece a transmissão de doenças virais, tanto para os cães, quanto para os gatos. Com o frio, ficamos em ambientes mais fechados, com menos circulação de ar e mais aglomeração, o que acaba facilitando a disseminação”, explica a professora de Medicina Veterinária da UniRitter Mariana Teixeira.

Para combater o frio, a pelagem do animal é um importante fator para regulação fisiológica da temperatura, ou seja, a tosagem durante essas ondas de baixa temperatura deve ser evitada para que eles não fiquem suscetíveis ao frio e se mantenham saudáveis. “A chegada do frio traz outros cuidados que vão além da vacinação específica para os vírus respiratórios do período. É preciso estar atento a qualquer alteração de comportamento, como secreção nasal, espirro ou tosse e procurar um médico veterinário para tratamento”, afirma.

Nesse período, o uso de roupinhas para os pets se torna mais comum, principalmente para os animais de pelo curto ou idosos, que precisam mais de conforto térmico. Entretanto, é necessário que os tutores se atentem para alguns detalhes na hora de escolher a vestimenta: “os animais podem rejeitar determinados modelos, então é interessante escolher peças que não limitem os movimentos, como as capas. Além disso, usar tecidos à base de algodão e que permitam o respiro da pele é primordial para evitar doenças, como a dermatite, uma vez que as roupas atrapalham a respiração da pele”.

A professora comenta, ainda, que é preciso ter mais de uma roupa e trocá-la todos os dias, além de alternar momentos com e sem ela durante o dia para coibir a proliferação de fungos e evitar alergias. Outra questão que os tutores devem se atentar no período é em relação ao banho dos pets – mas principalmente na hora de secá-los. “A frequência dos banhos pode diminuir, redobrando o cuidado com a secagem, especialmente nas patas e orelhas, para impedir doenças na pele”, alerta Mariana.

Animais Silvestres

No caso dos animais silvestres, os que legalmente podem ser considerados pets, a relação deles com o frio varia de acordo com a espécie. Para os mais comuns nas casas dos brasileiros, por exemplo, porquinhos da índia, hamsters, coelhos e tartarugas, os principais cuidados também se concentram na preocupação com a temperatura e com as correntes de ar frio, além da higiene no período.

“As doenças respiratórias são as mais comuns nesta época e estão associadas à diminuição da imunidade por estresse do frio; principalmente nos roedores, lagomorfos (coelhos), quelônios (tartarugas) e aves”, explica a professora de Medicina Veterinária da UniRitter, Bruna Silva.

Ainda que algumas espécies, como os lagomorfos, sejam adaptados às baixas temperaturas, outras podem sofrer bastante com a troca do tempo. “No caso de alguns roedores, as mudanças abruptas de temperatura podem desencadear a hibernação do animal, assim como para outras espécies pode ser um fator imunossupressor e, com isso, um gatilho para o surgimento de doenças”, afirma Bruna. 

A professora também chama atenção para o caso dos animais que não tem mecanismos de regulação interna da temperatura, como as tartarugas: “os ectotérmicos, caso dos peixes e dos répteis pets, necessitam de um controle constante de temperatura e de radiação UV, sendo as temperaturas mais aconselhadas entre 24ºC e 30ºC”.


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