Colapso de ponte em Baltimore pode levar a maior pagamento de seguro marítimo

Colapso de ponte em Baltimore pode levar a maior pagamento de seguro marítimo

Um grupo de trabalho do governo dos EUA está avaliando os possíveis impactos nas cadeias de suprimentos regionais e nacionais

AFP

"Está sendo percebida como uma perda muito substancial, potencialmente a maior perda marítima já segurada", disse o principal executivo da empresa, Bruce Carnegie-Brown

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O colapso de uma ponte em Baltimore, nos Estados Unidos, depois que um cargueiro colidiu com a estrutura, pode resultar no maior pagamento de seguro marítimo já registrado, disse o presidente da seguradora britânica Lloyd's of London nesta quinta-feira, 28.

"Está sendo percebida como uma perda muito substancial, potencialmente a maior perda marítima já segurada, embora não por fora dos parâmetros que planejamos", disse o principal executivo da empresa, Bruce Carnegie-Brown, à emissora americana CNBC.

"Estamos começando a mobilizar recursos antecipando que será um pedido muito substancial para a indústria", acrescentou.

Presume-se que seis trabalhadores morreram no incidente na ponte Francis Scott Key, que ocorreu nas primeiras horas de terça-feira.

A interrupção do tráfego de navios no porto de Baltimore pode causar efeitos econômicos em cascata, principalmente em nível local, alertam especialistas.

Baltimore é o maior porto de manipulação de veículos do país. Lá, são transportados automóveis e equipamentos agrícolas pesados, de acordo com o secretário de Transporte, Pete Buttigieg.

Diariamente, passam pelo porto mercadorias com valor entre 100 e 200 milhões de dólares (cerca de 500 milhões a 1 bilhão de reais).

Carnegie-Brown disse à CNBC que também haveria reivindicações pelo navio, pela carga e pela ponte, mas são os "impactos de segundo grau" que se tornariam substanciais e "levarão algum tempo para serem resolvidos".

Um grupo de trabalho do governo dos Estados Unidos que avalia as interrupções na cadeia de suprimentos se reuniu na quarta-feira para discutir os possíveis impactos nas cadeias de suprimentos regionais e nacionais, após o colapso da ponte, segundo um comunicado da Casa Branca.

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